A vida me ensinou que não se deve falar nem escrever nada de cabeça
quente para evitar que se cometam injustiças ou que se expressem
opiniões movidas pelo calor da emoção. Pois bem, três dias após a
humilhante goleada do Bahia para seu maior rival, eis-me aqui!
Mas, sobre o que escrever
após um resultado destes? Tenho consciência de que perder ou
ganhar faz parte do esporte. Mas até hoje não consegui digerir esta
derrota. Muito menos pelo placar dilatado e muito mais pela maneira como
o tricolor perdeu o jogo.
Uma derrota de um time ridículo! Um
time sem técnica, sem esquema tático, sem vontade e repleto de jogadores
sem a menor condição de vestir e honrar o glorioso manto sagrado azul,
vermelho e branco.
O pior de tudo. Uma derrota de um TIME SEM
ALMA! Vou mais além. A derrota não foi só de um TIME SEM ALMA; foi
também de uma direção SEM A ALMA E SEM O VERDADEIRO ESPÍRITO TRICOLOR!
Prova
disso foi o pedido de demissão do Gestor de Futebol Paulo Angioni logo
após o jogo. Gestor este que é responsável pela contratação de grande
parte deste elenco que aí está e que ele deveria levar junto seja lá
para onde ele for.
E não foi só Angioni que pegou o caminho de
casa. O treinador Joel Santana, que nem deveria ter vindo, foi demitido
cerca de um mês depois de assumir o cargo.
Além disso, pressionada
pela torcida e precisando dar uma satisfação aos tricolores, a
diretoria divulgou uma lista de dispensa de 14 jogadores, boa parte
deles oriundos da divisão de base e sem a menor culpa em tudo que está
acontecendo.
Interessante é que os medalhões paneleiros continuam
prestigiados no Bahia. Jogadores que não tem o menor compromisso com o
time, que já deram o que tinham que dar e que parecem continuar com
moral junto à diretoria.
Enquanto isso, a torcida parece que enfim
acordou para a vida e está cada vez mais mobilizada. A pressão está tão
grande que para o jogo diante da Luverdense apenas 10 ingressos haviam
sido comercializados antecipadamente.
E a tendência é que a
pressão sobre MGF aumente ainda mais. A torcida se organiza, a imprensa
nacional (ao contrário de boa parte da imprensa baiana) começa a bater
forte na diretoria e a possibilidade de intervenção se torna uma
realidade cada vez mais próxima.
O atual presidente tricolor, que
já entrou para a história levando sucessivas goleadas do rival e fazendo
campanhas pífias no Brasileirão, poderia ter conduzido o clube a um
processo de democratização e valorização do seu torcedor. Não o fez!
Mesmo
assim, ainda há tempo para que ele faça algo verdadeiramente grandioso
para o Bahia. Se ele for Bahia de verdade (o que não duvido) deveria
deixar a vaidade de lado e entender que seu ciclo chegou ao fim.
Renunciar
seria permitir que outras pessoas pudessem fazer o que ele não
conseguiu. A renuncia, neste caso, não seria algo covarde. Seria um
verdadeiro ATO DE CORAGEM para o bem maior do Esporte Clube Bahia.
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