Aqueles, que assim como eu, tem mais de trinta anos, hão de lembrar
do então apresentador e narrador Chico Queiroz. Ele comandava a equipe
de esportes da TV Itapoan na década de 80. Mas por que lembrei desta
figuraça hoje?
Porque quando o Bahia adentrava os gramados, em especial na Fonte Nova, Chico Queiroz utilizava o seguinte jargão: "LÁ VEM A PATOTA TRICOLOR!" Em meio aos fogos de artifício, papel picado e aplausos o esquadrão era saudado por sua imensa e apaixonada torcida.
Lembrei disso antes de escrever minha coluna de hoje porque nesta época PATOTA TRICOLOR era a maneira pela qual o narrador se referia ao nosso time de uma maneira carinhosa e muito bem humorada.
E
o jargão cunhado por Chico Queiroz veio à minha mente nestes últimos
dias. Infelizmente, desta feita de uma maneira extremamente negativa
para nós tricolores. Afinal, a PATOTA em questão não é nada boa.
O termo, mais do que nunca, anda em alta no Fazendão. O mesmo grupo, ou melhor, a mesma PATOTA
comanda o Bahia há muitos anos e levou o clube ao seu maior jejum de
títulos na história, bem como a transitar pela Série B e até mesmo a
insólita Série C do futebol brasileiro.
Além disso, muito tem se comentado na imprensa e nas redes sociais que o elenco do Bahia é rachado e que a PATOTA comandada por Titi, Souza e Marcelo Lomba teria contribuído de forma decisiva para a queda do então treinador Jorginho.
O
fato se torna ainda mais grave quando a diretoria cede aos apelos dos
jogadores e traz de volta um treinador que é o mais querido pelas duas PATOTAS: a da direção e do elenco.
Longe
de mim fazer qualquer tipo de acusação infundada ou comentário leviano,
este não é o meu perfil. Contudo, para mim ficou clara esta divisão do
grupo logo no jogo seguinte ao trágico BAVI da inauguração da Arena
Fonte Nova.
De quem foi a decisão de tirar da lista de
relacionados TODOS, absolutamente TODOS os jogadores oriundos da divisão
de base para a viagem à São Luís? De quem foi a decisão de inserir
nesta lista atletas que sequer haviam sido relacionados anteriormente
por Jorginho como Pablo e Toró?
Por que, de repente, não mais que
de repente, Adriano Michel Jackson perdeu sua vaga no time titular e
quando Souza saiu do time aos 30 minutos do jogo contra o Maranhão, quem
entrou em seu lugar foi Zé Roberto e não Adriano que também estava no
banco?
Por que em um jogo cujo o time vencia por 2 x 0, com um
homem a mais, Eduardo Barroca resolveu colocar Toró em campo e atuar com
quatro volantes diante do "poderoso" MAC? E por que, logo após o
triunfo suado, o mesmo auxiliar dedicou o triunfo ao presidente e não ao
torcedor tricolor?
Por que o time não aproveitou a oportunidade
de jogar contra um adversário inexpressivo em que fez um gol logo no
início da partida para tentar aplicar uma goleada e acalmar um pouco os
ânimos da torcida?
Ou algum torcedor tricolor ficou satisfeito com
o que viu na última quinta-feira? Um time apático em campo, sem nenhuma
vontade, sem brios e que venceu muito mais pela fragilidade do
adversário do que pelos seus próprios méritos.
Como explicar a
vontade alguns atletas como Omar, Magal e Marquinhos Gabriel (que entrou
no segundo tempo), contrastando com a displiscência de Neto, Titi,
Hélder e tantos outros?
Pois é amigos. Infelizmente nosso glorioso Esporte Clube Bahia parece ter se tornado o time das PATOTAS. Se já não bastasse esta diretoria pífia, agora também convivemos com as panelinhas dentro do elenco.
Nem
esta diretoria, muito menos grande parte destes jogadores do elenco
atual, representam a grandeza de nosso Bahia. Temos que continuar
protestando como estamos fazendo, cobrar providências e lutar para tirar
esta corja de nosso clube.
O Bahia não tem dono! Ou melhor, tem
sim! É de nossa imensa e apaixonada torcida e tenho certeza que
lutaremos cada vez mais por um Bahia mais forte e vitorioso! Nós,
torcedores, somos a verdadeira PATOTA TRICOLOR e unidos podemos mudar esta triste realidade!
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