quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

ALÍVIO...

Fim de jogo em Belo Horizonte e, assim como eu, muitos torcedores tricolores encheram o peito e gritaram a plenos pulmões: Aqui é Baheeeeeeeeeeeeeaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Porra!!!!! Mais que um grito, a sensação da imensa nação tricolor era de ALÍVIO!
 
 
 
O inesperado triunfo contra o Cruzeiro, no jogo em que a equipe mineira recebeu a taça pelo tricampeonato brasileiro num Mineirão lotado, foi épico e digno das tradições do Bahia! Sei que o termo épico pode parecer exagerado demais, contudo não encontrei melhor palavra para descrever este jogo.
 
Em especial após as equivocadas mudanças de Cristovão que trouxeram o time todo para dentro de seu próprio campo e sem nenhum jogador de velocidade para a puxada dos contra golpes.
 
O gol marcado ainda na primeira etapa da partida havia sido fundamental, principalmente pela apatia demonstrada pelo Cruzeiro em campo. Mesmo assim, nossa meta foi ameaçada e não tivemos capacidade de encaixar o passe final para deixar os atacantes em condição de ampliar.
 
Eis que veio o segundo tempo e, como era de se esperar, a massa cruzeirense passou a empurrar os mineiros para o ataque, afinal nenhum deles esperava receber a taça com uma derrota. O Cruzeiro veio para cima com gosto de gás! Era outro time em relação ao primeiro tempo.
 
O Bahia agora estava enfrentando o verdadeiro campeão brasileiro que encantou a todos com seu futebol bem jogado, de toques rápidos e muita velocidade. E aí, ao que parece, nosso treinador se assustou. Mexeu no time tirando os dois jogadores que eram nossas válvulas de escape e trouxe os mineiros para dentro de nosso campo. Parecia um jogo de ataque contra defesa.
 
Enquanto isso, nosso paredão fazia uma das mais primorosas partidas de um goleiro que eu já assisti em toda minha vida. Lomba pegava tudo! Mesmo assim, pela postura do time em campo, o empate parecia uma questão de tempo. E o empate veio num dos muitos escanteios que o adversário teve a seu favor.
 
E olha que nosso arqueiro ainda defendeu a bola mesmo já dentro do gol. Um golzinho chorado que mudava todo o cenário da partida e do campeonato aos 40 minutos do segundo tempo. Esbravejei, xinguei Cristovão e todas as suas gerações passadas de tudo quanto é nome...
 
Estava indignado pelo fato do treinador ter recuado o time tão cedo e aberto mão de jogar, mesmo que jogasse somente nos contra ataques. Já estava pensando na última rodada e torcendo com todas as forças para o Cruzeiro não virar o jogo.
 
De repente Helder recua de maneira bisonha uma bola que estava no meio campo, o atacante celeste tenta dominar (eu já penso no pior), se desequilibra com a saída de Lomba e cai no gramado pedindo falta. Segue o jogo - sinaliza o juiz.
 
O empate que já seria péssimo, àquela altura já parecia um tremendo lucro. No entanto, a mística tricolor apareceu naquela tarde de domingo no Mineirão. Talvez pela presença da Taça do Brasileirão, talvez por sermos pródigos em derrotar adversários em jogos decisivos dentro de seus domínios.
 
Foi então que Souza dominou uma bola quase na linha lateral do gramado e viu o avanço de Talisca pelo meio. O passe saiu na medida e por coisas que somente acontecem no futebol, o garoto errou o chute de tal maneira que matou o goleiro Fábio. Gol do Bahia!!!!!!
 
O Bahia estava de novo na frente do placar aos 45 minutos do segundo tempo. A gritaria foi generalizada, a emoção tomou conta de nossos corações e o que parecia improvável estava acontecendo: o Bahia vencia o Cruzeiro e jogava água no chopp da festa da taça.
 
Mais que isso, com o triunfo o Esquadrão de Aço aniquilava todas as possibilidades de rebaixamento. Os 4 minutos de acréscimos custaram a passar e no apito final do árbitro o ALÍVIO tomou conta dos tricolores e pudemos soltar o tradicional Bora Baheeeeeaaaaaaaaaaaaa Minha Porra!!!
 
Fugimos do rebaixamento pelo terceiro ano consecutivo desde que voltamos à Série A. Muito
pouco para um clube com a grandeza do Bahia! Só que este é um assunto para outra coluna...agora é encher a Fonte Nova e devolver o Fluminense para a Série B. Afinal, cada um com seus problemas!!!

domingo, 1 de dezembro de 2013

É TEMPO DE RECONSTRUIR


Não vou falar do jogo de hoje, onde o Bahia venceu o Cruzeiro em pleno Mineirão, mas apenas dar minha sutil e humilde opinião sobre o futuro de nosso time.

Hoje é dia não de alegria, mas de alívio. Estamos garantidos na elite. Pelo menos em 2014.

A imensa torcida tricolor vai poder dormir sossegada e tranquila, com a certeza de que em 2014 continuará fazendo parte da elite do futebol brasileiro : A primeira divisão

Mas, logo ao acordar, a torcida precisa iniciar fortemente as cobranças junto à diretoria recém eleita, de forma que o planejamento de 2014 esteja efetivamente pronto, e sua execução comece sem mais delongas.

Do alto dos meus quarenta anos, com minha pequena experiência de vida, profissional e de atento espectador do futebol, entendo que o Bahia precisa ser "demolido" e reconstruído. Bem...demolido ele já foi pelas gestões passadas, então resta agora reconstruir o Tricolor de Aço, e para isso a atual diretoria conta com a imensa nação azul, vermelha e branco.


Dos mais simples aos mais complexos aspectos, o Bahia precisa do "novo". A nebulosa transação "Fazendão x Cidade Tricolor", a triste parceria "Bahia x Netshoes x Nike", as famigeradas cláusulas contratuais com a Arena Fonte Nova, as infelizes antecipações de cotas junto às patrocinadoras do campeonato brasileiro (Globo, por exemplo), além das imbecis contratações em 2013 (com pouquíssimas exceções) devem ser algo a JAMAIS se repetir.


Precisamos construir um time forte, mesclando jovens valores (Anderson Talisca, por exemplo, que foi decisivo nos últimos jogos do Bahia) com atletas talentosos a serem captados no mercado. Precisamos de um marketing agressivo, que faça com que a marca "Bahia" esteja em todos os cantos de nosso Estado, do Brasil e do mundo. Necessitamos estreitar relações com clubes no exterior, realizar amistosos, firmar parcerias, aprender gestão com eles. Precisamos construir uma EMPRESA DE FUTEBOL para a posteridade, e não com prazo de validade de 12 meses, como tem sido a marca das gestões que antecederam a esta atual.

Enfim, é tempo de reconstruir.

E que o nosso Bahia volte a ser grande. Sempre.