segunda-feira, 29 de abril de 2013

SOBRE CAXIROLAS E "TALISCAS"

Um dias após mais um fiasco tricolor ante seu maior rival, o que mais se comenta a respeito do jogo é a "chuva" de caxirolas atiradas por parte da torcida do Bahia no gramado da Arena Fonte Nova. 

Exagero da imprensa? Sensacionalismo? Talvez! Fato é que este instrumento idealizado pelo músico Carlinhos Brown e inspirado no tradicional caxixi, roubou a cena no BAVI.

Antes de mais nada, quero deixar claro que repudio qualquer ato deste tipo nos estádios. Sou totalmente contrário ao lançamento de qualquer objeto no campo de jogo e entendo que, independente do time que cada um de nós torça, os responsáveis por isso precisam ser punidos.

Entretanto, é importante refletirmos, também, sobre a proporção que esta situação ganhou. A imprensa de modo geral criticou veementemente a atitude dos torcedores que promoveram este ato de falta de educação.

Como escrevi anteriormente, concordo que este é um fato lastimável. Minha indignação é em relação a dimensão que o fato tomou. As criticas à torcida tricolor tem sido bastante contundentes.

O que me chama atenção é que alguns dias atrás, na mesma Fonte Nova e justamente num BAVI que inaugurava a arena, foram quebradas nada mais nada menos que 21 cadeiras, sendo que 19 delas no setor em que se concentrava a torcida do rival.

Por que não vimos à época a mesma veemência nas críticas a este ato de vandalismo? Porque não houve tanto destaque da imprensa a esta atitude da torcida rival? Depredar um equipamento de interesse público é menos grave que atirar caxirolas no gramado?

Por que vemos a imprensa de maneira ácida criticar o torcedor tricolor e não vemos a mesma acidez e contundência para criticar os dirigentes do clube? É muito fácil criticar a torcida de maneira genérica...quero ver ter coragem de trazer à tona o que acontece nos bastidores do Bahia e adotar a mesma postura crítica em relação a MGF e afins.

Deixando de lado as caxirolas e comentando um pouco sobre o jogo, vi mais uma vez um time perdido em campo. O Bahia foi dominado pelo rival e não teve competência para sequer empatar o jogo.


Com o perdão do trocadilho infame, o Bahia jogou uma "talisca" de futebol. E jogou isso graças ao menino Anderson, que carrega consigo esta alcunha. Não fosse por ele (melhor em campo em minha opinião), talvez o resultado fosse ainda pior.

Escalado na "fogueira" por Joel Santana, Talisca mostrou que tem qualidade e acima de tudo muita personalidade. Não só ele como Ryder. Os dois foram os que mais mostraram vontade no time. Coincidência ou não, ambos são da base anteriormente não aproveitada pelo treinador.

Engraçado é que Joel havia afirmado que não estava escalando os "meninos" para não queimá-los. Aí, justamente num BAVI, ele vai e coloca os dois para jogar. Por que isso? Alguma hipótese?

Não vou ficar em cima do muro. Em minha opinião ele colocou os garotos da base para mostrar à torcida e imprensa que eles ainda não tinham condição de serem titulares. Ele quis queimar os meninos. Se deu mal! Os dois se saíram relativamente bem, mas o resto do time não ajuda.

E entre caxirolas e "taliscas" mais uma vez o Bahia foi derrotado. E o mais irônico disso tudo é que mesmo com esta campanha pífia no Campeonato Baiano, o tricolor pode ser campeão com apenas mais dois triunfos (um na semi e outro na final).

É esta a esperança de MGF. Afinal poderá se orgulhar de ser campeão baiano com apenas três triunfos e escreverá novos textos se vangloriando de mais este feito grandioso de sua "brilhante" gestão!

domingo, 28 de abril de 2013

EU QUERO QUE O BAHIA PERCA

Hoje eu não ia escrever. Mas não resisti. O vício venceu.


Então pensei. Falar sobre o presidente Marcelo Guimarães Filho, me queixando de sua administração ? Resolvi que não era mais assunto que valesse a pena. Eu ia chover no molhado, repetir as mesmas coisas que já escrevi antes. Ia ser chato. E além do mais, eu ia falar muito, ele ia ouvir pouco, ia beber um "RED" ou um "BLUE", ia me mandar "TOMAR NO C*", e tudo ia ficar por isso mesmo. Não ia valer a pena.

Me veio uma alternativa, falar de Paulo Angioni. Mas, pensando melhor, não dá. Ele é um bem sucedido empresário do futebol, pois consegue ocupação prá muito jogador de péssima qualidade. Ele ajuda os enfermos, traz para o time jogadores machucados, fora de forma ou com contusões crônicas. Faz o seu trabalho social. Quase um santo. Seria injusto com ele. E com a Calcio também.

Então decidi que o assunto seria Joel Santana, o Sardinha. Mas, depois de ouvir a entrevista coletiva dele após o baVICE (sim, escrito exatamente desta forma), mudei de idéia. Ele me convenceu (?) quando disse que faltou "personalidade" ao Bahia. Seria muito ruim falar que o treinador não consegue escalar um time decente, não tem esquema tático, que não tem o comando do time, que não tem nenhuma simpatia por parte do trocedor (e pensar que em um outro momento, ele era quase uma unanimidade).
Então, depois de tantas desistências, só me restava falar da torcida. Ah, a torcida, um assunto fantástico a ser discutido. Mas, bater em quem só tem apanhado ultimamente, também seria uma crueldade. A torcida, que foi ao estádio sabendo o que iria encontrar - um time ridículo - e, ainda assim, "deseducadamente" atirou as tais "caixirolas" em campo...se já sabiam o que iriam encontrar, não teria sido uma incoerência esta reação ?
Pronto, fiquei sem assunto...
Só me restou falar de mim. Deste torcedor que vos escreve.
Então vamos.
Eu, assim como um bom punhado de torcedores do Bahia, extremamente insatisfeitos com a atual diretoria, não fui ao estádio. Me mantive fiel ao meu protesto pacífico de "público zero", e assisti em casa, onde fiquei dividindo minha atenção entre o jogo e os cuidados com minha esposa, recém operada. E mantive, apesar da revolta, meu desejo e minha torcida para que o Bahia vencesse o jogo, apesar de saber - desde sempre - que este time não tem a menor condição de vencer o VICE, nos dias atuais.
Passou o jogo, e depois de ouvir jogadores, comentaristas, treinadores, torcedores e até mesmo meu filho de 6 anos, encontrei a frase que define o sentimento que reina em meu coração : EU QUERO QUE O BAHIA PERCA.
Antes que me xinguem, me deixem explicar.
Eu quero que o Bahia perca este treinador, que tanto sacaneou nosso time, que é ultrapassado, que não consegue colocar um time organizado em campo, que privilegia jogadores "da patota" em detrimento de valores das divisões de base.
Eu quero que o Bahia perca estes jogadores medíocres, sem habilidade alguma, sem comprometimento com o clube, sem raça, sem amor à camisa, sem personalidade....(ops, isso de "personalidade" é conversa de Joel Sardinha).
Eu quero que o Bahia perca o mando de campo depois da chuva de "caixirolas", que a Arena tenha incluíido alguma cláusula que puna o Bahia caso este perca o mando de campo, que mandemos os nossos jogos em Feira de Santana - onde o público máximo é de cerca de 15 mil pagantes, se não me engano.
Eu quero que o Bahia perca o apoio da torcida, que hoje tem parte dela sendo "agraciada" por parte da diretoria.
Eu quero que o Bahia perca a condescendência e a passividade da torcida tricolor, e que sinta a revolta do torcedor na pele, na alma, e no bolso.
Eu quero que, como consequência, o Bahia perca patrocinadores que, impactados pela revolta da torcida, resolverão se afastar do clube enquanto a atual diretoria permanecer.
Eu quero que o Bahia perca a renda da comercialização de produtos licenciados, onde a torcida revoltada deixe de comprar produtos licenciados no mercado, diminuindo esta receita para o grupo atual.
Eu quero que o Bahia perca esta diretoria, este diretor de futebol, este treinador, estes conselheiros e todos aqueles que vem contribuindo, ao longo dos anos, com a derrocada deste que foi chamado, um dia, de Campeão dos Campeões.
Eu quero que o Bahia perca este presidente de fachada, pois sabemos que MGF nada mais é do que um fantoche de MG, que continua comandando o processo tricolor (temos visto alguns flagras da "patota" reunida, sempre com MG envolvido).
Eu quero que o Bahia perca este péssimo hábito dos últimos tempos, de ser derrotado pelo VICE, dentro e fora de seus domínios.
Não sei o que vocês, meus amigos tricolores querem, mas eu sei o que quero.


Posso até estar sendo extremado, radical e apocalíptico. Mas eu quero isso.
Sim, eu quero que o Bahia perca.

sábado, 27 de abril de 2013

SURPRESAS?

Para os amantes do futebol, esta semana foi marcada pelas goleadas dos times alemães Bayern de Munique e Borussia Dortmund sobre os espanhóis Barcelona e Real Madrid.  


Muita gente se surpreendeu não somente com os triunfos, mas principalmente com a maneira que eles foram construídos. Contudo, para quem vem acompanhando a UEFA Champions League desde o ano passado, o bom futebol dos alemães não foi surpresa.

Na terça-feira Bayern e Barcelona fizeram um belo jogo em Munique. Especialmente para a equipe da casa, que aplicou o famoso sapeca ia iá no time que até pouco tempo atrás era considerado o que jogava o melhor futebol do mundo.

A equipe de Ribéry, Robben, Schweinsteiger, Mário Gomez e outros craques colocou Messi, Xavi, Iniesta e cia no bolso como se diz na gíria do futebol. Foi uma verdadeira aula de futebol eficiente, competitivo e acima de tudo muito bem jogado.

O resultado foi a acachapante e inesperada goleada por 4 x 0. O Bayern conseguiu anular com maestria o Barcelona. Prova disso é que os catalães não conseguiram dar um chute ao gol sequer contra a meta de Neur.

Ficou evidente que no futebol de hoje a palavra de ordem é equilíbrio. É preciso defender e atacar com primazia. No terceiro gol dos alemães isso ficou notório. Ribéry rouba a bola dentro de sua área e percorre mais de 70 metros até dar o passe para Robben driblar o adversário e finalizar para o gol.

Já na quarta-feira Borsussia e Real Madrid se enfrentaram em Dortmund. Foi um jogão de bola! Repleto de alternativas táticas e de muitas emoções. Um jogaço para os amantes do futebol bem jogado!

E quem roubou a cena foi o atacante Lewandowski, que marcou os quatro gols do triunfo da equipe da casa e entrou para a história da competição por ter sido o primeiro jogador a marcar quatro tentos numa semifinal da Liga dos Campeões da Europa.

Entretanto, ao contrário do que possa pensar quem não assistiu a partida, o jogo não foi fácil como o placar refletiu. A partida foi disputadíssima! O primeiro tempo terminou em 1 x 1 após falha da zaga do Borussia. No segundo tempo prevaleceu a categoria do artilheiro com nome de juiz do STF.

Mesmo assim o Real Madrid buscou a todo tempo o gol e deu muito trabalho a zaga adversária, afinal mais um golzinho facilitaria sua vida no jogo de volta na Espanha. Não deu! O Borussia segurou o resultado e pode perder por até dois gols de diferença em Madrid.

Ao todo os alemães deram 8 x 1 nos espanhóis. O que levantou muitos questionamentos sobre o enfraquecimento do futebol espanhol. Não creio nisso. Tanto Barcelona quanto Real Madrid continuam muito fortes.

A diferença é que Bayern e Borussia evoluíram muito nos últimos anos. O futebol alemão de modo geral se fortaleceu bastante, contando com grandes jogadores do futebol mundial e tendo estes dois times como base para a seleção da Alemanha. 


E por que os alemães se sobressaíram no primeiro jogo das semifinais? Entendo que o principal fator foi o equilíbrio e a objetividade. Tanto Bayern quanto Borussia foram extremamente eficientes e disciplinados taticamente.

Isso significa que Barcelona e Real Madrid estão mortos? Também não acredito! A tarefa de ambos é muito difícil, dificílima! Mas as duas equipes tem elencos muito qualificados e acostumados com decisão. Futebol é imprevisível e as circunstâncias do jogo podem permitir sobrevida aos espanhóis.

De certo mesmo é a expectativa de dois grandes jogos nesta próxima semana. Bayern e Borussia estão com uma enorme vantagem, mas Barça e Real jogam em casa e contarão com o apoio de suas apaixonadas torcidas para empurrá-los em busca do resultado.

Quem vai ganhar com isso são os amantes do bom futebol que poderão assistir mais duas grandes partidas! E independente de quem passe para a final, o futebol já será vitorioso!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

TEMPOS DE CRIANÇA

Os dias de hoje são marcados pelo uso cada vez mais frequente da tecnologia. Isso ocorre em todas as áreas: medicina, engenharia, administração...celulares, tablets, notebooks e muitos outros equipamentos tomam conta do mundo moderno.

Em relação as crianças, isso não é diferente. Desde muito pequenos, meninos e meninas já tem contato direto com a tecnologia em seu dia a dia e tem grande facilidade para interagir com todo tipo de inovação.

Por que comecei o texto de hoje falando sobre isso? Porque estava lembrando de minha infância e das brincadeiras dos meus tempos de criança, onde nenhum destes recursos tecnológicos se fazia presente e o mundo era muito mais lúdico.

Sorte minha e daqueles que tem mais de 30 anos! Sorte nossa que brincávamos livres nas ruas sem preocupação com assaltos, atropelamentos, brigas e tantas outras mazelas presentes nas grandes cidades atualmente.

E nós bricávamos de tudo. No esconde-esconde tinha gente que se escondia tão bem que só aparecia horas depois quando já estava com fome e com a mãe gritando para ir jantar. Pega-pega era a brincadeira que os gordinhos se davam mal, afinal não eram tão ágeis como os demais coleguinhas.
 
 
 
Jogar bola na rua então...passávamos horas com os pés descalços no asfalto quente, jogando o famoso "golzinho", onde nossos chinelos eram usados como traves e invariavelmente alguém arrancava o tampo do dedão, mas nem por isso deixávamos de nos divertir!

Enquanto isso as meninas brincavam de amarelinha para ver quem chegaria primeiro ao "céu" ou de elástico demonstrando toda sua agilidade entre "ono um, ono dois, ono três, zigue zague zigue zague sai." Lembram disso?

E era assim mesmo! Meninos e meninas geralmente brincavam separados. Juntavam-se apenas para brincar de gato-mia nas salas e quartos escuros ou então de salada de fruta onde as meninas nunca queriam a famosa salada mista (beijo na boca, abraço e aperto de mão se não me falha a memória).

A criançada em peso se divertia verdadeiramente! E a cada hora surgiam novas brincadeiras: corrida de tampinha, pique bandeira, baleado/queimada, polícia e ladrão... era tanta variedade que quando enjoávamos de uma logo iniciávamos outra.

Infelizmente, as crianças de hoje não tem esta oportunidade de brincar na rua. Em nosso tempo (tô parecendo aqueles velhinhos saudosistas falando) a rua era o principal palco das brincadeiras, que só eram interrompidas quando algum adulto reclamava do barulho.

Atualmente é impensável uma criança brincando nas ruas das grandes cidades. Com isso a diversão se restringe a coisas que podem ser feitas dentro de casa, como assistir TV com inúmeros canais infantis, jogos de celular, tablets, etc.

E esta geração de agora é vítima do fracasso de nossa sociedade! Ou você acredita que não seria possível um convívio entre vídeo games e brincadeiras de rua se houvesse segurança para isso?
 
Se quiser prova é só perguntar para qualquer adulto que tinha vídeo game naquela época se ele ficava em casa em frente a TV ou se preferia ir jogar bola com os amigos na rua. Posso garantir que 9 entre 10 vão dizer que não abriam mão de brincar na rua.
 
Uma pena que as crianças de hoje não tenham a possibilidade deste convívio. Normalmente a interação com outros meninos e meninas acontece somente na escola ou no prédio em que moram.
 
Os tempo mudam. O mundo evoluí! E cá para nós, brincar na rua com um monte de coleguinhas me parece ser muito mais divertido do que ficar em casa sozinho jogando vídeo game online com um amiguinho virtual. 

Um viva para os que tiveram esta experiência e sentem saudades destes tempos de criança!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

COMO PERDER SUA CREDIBILIDADE



Antes de mais nada, saibam que este é um texto irônico, sarcástico, mas que traz consigo algumas lições sobre o que NÃO FAZER em sua empresa, seja você empregado ou empregador.

Vamos lá.

Durante toda a minha vida profissional, atuando em diversos segmentos, lidei com uma boa quantidade de situações perante os mais diferentes clientes, sempre tendo em mente satisfazer suas necessidades, identificar novas oportunidades de negocio, blindando o cliente contra a concorrência, fidelização o cliente com boa prestação de serviços, bom relacionamento, uma relação ganha ganha. Também busquei, sempre, agir dentro dos conceitos da ética e honestidade, jamais aceitando ou oferecendo "propinas" ou "comissões" e nem oferecendo/pagando nada que fora do correto para viabilizar um negócio, por maior que ele fosse. Posso dizer, tranquilamente, que me mantive limpo, mesmo atravessando alguns mares de lama.


Posso dizer que sei parte do que é necessário ser feito para que tenhamos um cliente satisfeito, fiel e perene. E para fazer com que ele continue me respeitando como pessoa, mesmo depois de nossa relação comercial se encerrar.

Hoje, deixando de ser empregado e passando a ser empregador, posso dizer que aprendi muito, e o muito que aprendi coloco em prática no meu negócio. E trago estes ensinamentos comigo, e espero que as empresas que me prestam serviço pensem e ajam da mesma forma, que busquem me fidelizar enquanto pessoa física e pessoa jurídica, e então, inevitavelmente, a cada momento de compra de produto ou serviço acabo por avaliar o vendedor que me atende, a empresa que tenta me seduzir, o produto ou serviço que me é oferecido. E como me é oferecido.


E, infelizmente, já encontrei empresas com serviços deficientes, com uma ação de fidelização insuficiente, com profissionais despreparados, e gestores completamente despreocupados em realmente atender as necessidades do cliente ou prospect, além de diversas condutas desonestas que foram ceifadas logo em sua raiz. Desonestidade e conduta aética não é algo a ser aceito. Não, pelo menos por mim.

E então baseado em tudo isso que vivi, e venho vivendo, resolvi trazer aqui algumas "dicas" de como por em COMO POR EM RISCO A RELAÇÃO COM O MERCADO, A CONQUISTA DE UM PROSPECT, A PERENIDADE DE UM NEGÓCIO. Se você quer saber COMO PÔR EM RISCO A SUA REPUTAÇÃO, então seguem algumas dicas simples, e muito mais comuns do que se imagina.

Vamos a elas.

1. Tenha sempre os funcionários mais baratos do mercado. Essa coisa de pagar bem é conversa fiada. Empregado tem que ser tratado a base do chicote, tem que ser estivador, tem que nas horas vagas fazer serviços e favores pessoais para seu superior, e se satisfazer com um bolsa família.

2. Não treine seus funcionários, não invista neles, não permita o seu desenvolvimento. Se você fizer isso eles saem. Se forem melhores, também sairão. Nada de treinamento. Sua empresa não é "divisão de base" para concorrentes.

3. Não se preocupe com a apresentação pessoal de sua equipe, nem com o discurso a ser feito em suas visitas. o cliente não quer nem saber, e nem se importa, se sua equipe o visita de "shortinho" ou com uma roupa "surrada", nem se incomoda se o vendedor/vendedora fala errado, assassinando a língua portuguesa com expressões tipo "vareia", "mundíça", "pobrema" ou "vortei".

4. Não se preocupe com a qualidade nem de seu produto, nem de seu serviço. Cliente não entende de qualidade. O que cliente quer é "preço". Não se preocupe com um sistema gerencial consistente, nem com um visual atraente para seu produto, isso é besteira.

5. Não mantenha contatos periódicos com o seu cliente. Uma vez que ele já comprou de você, não precisa mais ficar bajulando. Nunca ligue para saber a satisfação do cliente com relação a qualidade do seu produto/serviço, e em hipótese alguma se preocupe com os objetivos futuros do cliente, nem em como ajuda-lo a atingir seus objetivos com algum de seus produtos ou serviços.

6. Não mantenha um banco de dados atualizado em seu CRM ou sistema de gestão de vendas. Aliás...pra que serve um sistema de gestão de vendas e CRM ? Isso é uma bobagem e não vale a pena investir nisso.

7. Minta para o cliente. Ofereça vantagens e benefícios que não existem, ou que pouco funcionam.

8. Não tenha uma equipe pronta e preparada para tirar as dúvidas de seus clientes, ou resolver seus problemas. Deixe que ele ligue, sem sucesso para sua empresa, sem conseguir falar com ninguém. Afinal de contas, o importante é vender mais para novos clientes. Os velhos que se explodam.

9. Viva seduzindo seus clientes através de um indivíduo que aceite propinas e comissões, ninguém vai descobrir, e se descobrirem que mal que tem ? Todo mundo faz isso !

10. Use laranjas, irmãos, amigos, cunhados ou parceiros comerciais através de empresas laranjas para lhe prestar serviço e lhe garantir uma boa comissão por negócio fechado de forma direcionada. Ninguém vai descobrir, mas se descobrirem, que mal tem ? Está tudo documentalmente correto, e também, todo mundo faz isso ! Que mal tem ?

11. E se alguém descobrir suas manobras, pague um "cala-boca" para o sujeito, ou livre-se dele, eliminando assim o risco de que mais coisas sejam descobertas.

Mas, se sabemos que no Brasil isso não acontece, acredito que este texto seja completamente desnecessário...não é verdade ?

E vocês, caros leitores, sabem de mais algumas dicas para por em risco um negócio, uma empresa ou a credibilidade das pessoas envolvidas ? Se sim,dividam conosco.

O assunto é polêmico. E polêmica é o nosso combustível.

terça-feira, 23 de abril de 2013

REFUGOS: A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM

O Esporte Clube Bahia orgulhosamente apresenta "REFUGOS: A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM". Mais um filme dirigido por Marcelo Guimarães Filho e produzido por Paulo Angione. Uma pena que este filme mais parece uma reprise do que nós estamos vendo há algum tempo em nosso glorioso Bahia.

Nossas "Sessões da Tarde" nos domingos e "Cinemas Especiais" nas noites de quarta e quinta não tem sido nada prazerosas. Infelizmente, tudo isso é fruto de uma gestão que não respeita sua torcida e que frequentemente está envolvida em episódios de falta de educação e xingamentos do "menino mimado com gel no cabelo" que não pode ser contrariado.

E o que a imprensa baiana fala disso tudo? Quase nada. Será que não temos uma imprensa independente na Bahia que possa criticar de maneira isenta o que vem acontecendo em nosso clube? Pelo que tenho visto, lido e ouvido, poucos são os que tem coragem de se manifestar.

A torcida se mobiliza, faz campanhas contra a atual gestão, divulga em massa nos veículos independentes que tratam do Bahia como o www.semprebahia.com.br, o www.ecbahia.com.br, www.bbmp.com.br, dentre outros e não vemos quase nada nas TV's, rádios e jornais.

Dentre os poucos que se mostram críticos, podemos destacar Éder Ferrari que manifestou sua opinião com brilhantismo na sua coluna no site Bahia Notícias (http://www.bahianoticias.com.br/esportes/coluna/1061-elogios-por-respirar.html) comentando sobre as falácias e outras verdades da atual gestão.

Isso ocorreu após o presidente escrever um texto no Correio da Bahia se vangloriando de sua gestão. Fez isso como uma espécie de defesa às inúmeras críticas que vem recebendo nos últimos dias, mas ao que parece o tiro saiu pela culatra.

No domingo, durante a transmissão de Juazeirense x Bahia pela TV Bahia, por diversas vezes a torcida tricolor foi mostrada com cartazes de protestos e gritando palavras de ordem. Contudo, não houve nenhuma menção dos envolvidos na transmissão a respeito dos motivos deste protesto.

Sinceramente, acredito que todo torcedor do Bahia gostaria de entender os motivos disso. Uma pena que os que adotam uma postura crítica como o André Uzêda, que fez uma série de denúncias no ano passado, sejam ameaçados pelos capangas dos dirigentes e até por radialistas que apóiam a atual gestão.

O resultado disso tudo estamos vendo dentro de campo. Um time medíocre, sem inspiração e que não honra as tradições do Esquadrão de Aço. Um time composto por REFUGOS de outras equipes do futebol brasileiro e até mesmo mundial (Freddy Adu que o diga).

Pode pensar em qualquer jogador do atual elenco do Bahia, excetuando-se os meninos da base que inexplicavelmente deixaram de ser utilizados desde a chegada de Joel Santana, que você verá que é refugo. E não vou aqui comentar sobre o que jogam ou não no Bahia. É apenas uma constatação.


Marcelo Lomba antes de vir para o Bahia era terceiro goleiro do Flamengo. Neto jogava no "expressivo" futebol grego; Danny Moraes estava encostado no Botafogo e Titi no Inter; Magal sem espaço no Flamengo.

Fahel quando chegou foi praticamente escurraçado pela torcida do Botafogo; Diones veio por empréstimo do Bahia de Feira que até hoje não recebeu o dinheiro; Hélder jogava aonde? Obina foi rebaixado com o Palmeiras e Souza não era aproveitado no Corinthians.

Como eles, temos vários outros exemplos. Além disso, inventaram de repatriar um treinador que desrespeitou a grandeza do clube e saiu daqui deixando o time na mão no ano passado. Agora inventaram a volta de Rafael Donato e possivelmente de Lucas Fonseca.

Daqui a pouco pode ser que tragam de volta Arthurzinho, Darci, Rogério Sodré, Pantico (que tá marcando um monte de gol no CRAC), Carlos Alberto, Selmir, Lulinha... Infelizmente este deverá ser mais um ano de sofrimento. 

O Bahia corre o risco de sequer se classificar para as finais do Baianão e se as coisas continuarem caminhando desta forma, brigaremos mais um ano para não cair. Tomara que eu esteja redondamente enganado e que tudo mude!

Porém, a verdadeira mudança só acontecerá quando os tricolores conseguirem tirar o grupo que comanda o clube do poder. Não podemos esmurecer! Vamos fazer a nossa parte! Fazendo isso a torcida tricolor será digna de um OSCAR!

domingo, 21 de abril de 2013

SÉRIE B A VISTA...


Já está ficando chato e repetitivo.
Já está ficando monótono.
Já está ficando insuportável.
Já passou dos limites.
Analisar o quê, depois de mais uma péssima apresentação do Bahia ?
Lamentar por só ter vencido uma partida até o momento no campeonato baiano, sendo o “Rei dos Empates” ?
Falar que o time não tem esquema tático, que a defesa é horrível, que os laterais não defendem nem atacam, que o meio campo não defende nem cria, ou que o ataque é inofensivo ?
Falar que o time é uma MERDA ?
Dizer que o treinador é ultrapassado, e que mais parece um lutador de sumô à beira do campo (além de ter demonstrado ao longo dos últimos tempos que não tem o menor respeito pelo tricolor) ?
Comentar que a diretoria está errando, que continua contratando pessimamente (aliás, só traz refugo, só traz lixo, só traz o que outros times não querem) que está fazendo o torcedor de trouxa e que continua desrespeitando o torcedor (vide último episódio onde o presidente deputado MGF mandou, de novo, um torcedor tomar no C*)?
Reclamar que a torcida não faz nada, não protesta firme e impiedosamente ?
Não, não quero mais falar nisso.
Penso que a imensa torcida também não quer mais falar nisso.
Foi sofrível, desastroso, preocupante o Bahia no jogo de hoje (como os outros também o foram).
A previsão é muito, muito sombria.
Não vejo a vida melhor no futuro, aliás, só consigo enxergar o fantasma da série B rondando o fazendão.
Série B a vista...


- George Branco é colunista do www.semprebahia.com.br e administrador do blog www.sobretudofc.blogspot.com.br
- Twitter: @georgebranco

É CERTO SER ERRADO ? É ERRADO SER CERTO ?


Basta que passemos o olho num jornal impresso, numa revista de circulação nacional, assistamos a um noticiário local, que acessemos um portal de noticias na internet, ou mesmo que caminhemos um pouco em nossas cidades para perceber que vivemos num verdadeiro caos, mergulhados num mundo sem ordem, numa terra onde "é certo ser errado, e errado ser certo".

Antes que me chamem de pessimista, "de um mal com a vida", vou trazer a este texto alguns dos fatos que me fizeram escrever sobre isso.

Estava eu, nesta semana, dirigindo numa rua próxima a minha casa quando me deparei com um carro literalmente parado no meio da rua, onde o motorista conversava com uma pessoa na calçada, tranquilamente. Ora, como ele estava impedindo a minha passagem eu dei uma pequena buzinada (foi pequena mesmo, eu lhes garanto) para que ele ou saísse do meio da rua ou seguisse seu caminho. Qual não foi minha surpresa quando o motorista fez um lindo sinal de que eu "passasse por cima". Continuei buzinando (aí sim, mais insistentemente), até que o "bonitão" resolveu sair do carro para "educadamente perguntar por que eu estava buzinando". Eu também saí do carro e naturalmente houve uma discussão bastante acalorada, onde o amigo com o qual ele conversava, percebendo que aquela discussão não caminhava para um final feliz, fez com que ele entendesse que ele estava errado e o fez seguir seu caminho.


Em diversas outras oportunidades, já me deparei com vagas de estacionamento reservadas para idosos ou PNE (Portadores de Necessidades Especiais) sendo ocupadas por condutores sem qualquer tipo de necessidade especial ou idade avançada. Homens, mulheres, jovens e adultos. Todos, sem exceção, estacionando nestas vagas "sem medo de ser feliz". Na última vez que presenciei uma pessoa, ainda estacionando numa destas vagas, não me contive e alertei a condutora que ali se tratava de uma vaga para PNE e que ela não deveria estacionar naquele local. A resposta foi bem direta e "suave" : "Vai a merda meu filho. Vai se preocupar com sua vida.".

E a última, e talvez mais engraçada (pra não dizer outra coisa), foi uma cena que presenciei onde estava no meio de um transito infernal (aqueles das 18 horas, em plena região do Iguatemi - quem conhece Salvador sabe o que estou falando) onde um carro de luxo estava a minha frente, quando um de seus ocupantes jogou um saco da McDonalds na rua (provavelmente havia acabo de comer no carro mesmo). Do carro ao lado deste, desceu um brutamontes que prontamente pegou o saco jogado e literalmente devolveu pra dentro do carro "lançador do lixo". Disse algumas palavras, certamente pouco gentis, e voltou ao seu carro, seguindo seu caminho.


Já presenciei diversos outros casos como estes, com diferentes motivos e diferentes infrações, e a primeira vista o que eu vejo é que dois dos principais motivos para que as pessoas façam de nossas cidades, das nossas ruas, uma verdadeira "casa da Mãe Joana" (com todo respeito às Joanas deste nosso mundão) são a falta de fiscalização e a impunidade. A falta de efetivo nas ruas fazendo com que as regras e convenções sejam cumpridas. A falta de punição severa e irreversível aos que praticam delitos (pequenos ou grandes). A falta de um poder público que atue impiedosamente, com tolerância zero, no cumprimento das regras. Se houvesse punição, certamente em pouco tempo haveria um volume menor de infrações, e um melhor ordenamento nas nossas cidades, nas nossas vidas. Se houvesse mais efetivo, teríamos mais "olhos vigilantes" e, fazendo uma conta de padaria, também mais pessoas empregadas, o que por sí só já seria uma contribuição do governo no combate ao desemprego, melhoria da arrecadação, aumento na segurança, e outras consequências derivadas menores (ou pouco visíveis a olho nú). Mas, o principal causador de tudo isso é a falta de educação do nosso povo, independente da origem (falta de investimento em educação por parte de nosso governo ao longo do tempo, por exemplo).


Vou tomar como exemplo a cidade de Nova Iorque. Experimente alugar um veiculo por lá, e estacionar na 5ª Avenida, e veja se não será multado e, provavelmente, ter seu carro rebocado. Acompanhe uma equipe de entrega de materiais em estabelecimentos comerciais e perceba o que acontece se esta equipe estacionar o caminhão em local não indicado, ou num momento fora do horário permitido (que em muitos casos só se permite entregas no horário noturno...que, aliás, os caminhões de entrega em nossa querida Salvador serão tema de um outro texto, num futuro próximo)). Beba, lá na times Square, algumas latinhas de cerveja bem gelada, saia para dirigir, e veja o que acontece se for pego no bafômetro dos queridos e educadíssimos patrulheiros americanos. Dirija em alta velocidade, bem acima do permitido, nas auto-estradas americanas e veja o que acontece quando for pego pelo radar ou um dos eficientes e educados patrulheiros americanos em suas motos ou viaturas. São apenas alguns dos inúmeros exemplos que eu poderia trazer aqui para mostrar que com pulso firme do poder público e intolerância ao descumprimento de regras, é possível transformar uma cidade positivamente.

Voltemos ao nosso Brasil, em específico nossa querida Selvador. Eu vejo que as pessoas reclamam da cidade suja, da falta de cumprimento das regras, dos políticos que roubam, da miséria e da desigualdade social, do trânsito, da violência, mas esquecem de que somos nós, o povo, que formamos a nossa sociedade. Somos nós, a população, que podemos construir uma cidade limpa e respeitosa. Somos nós, os Soteropolitanos, que temos a capacidade de cobrar, exigir que nossos governantes cumpram com o seu dever de gestores eficientes das nossas cidades, exercendo o nosso direito de cidadão que, ao meu ver, é NOSSO DEVER.

E uma, apenas uma, de nossas armas é o voto.

Aqui no nosso Brasil, e infelizmente em nossa querida Salvador, vivemos num verdadeiro caos, onde as pessoas acostumadas com "o ruim" se assustam ou reclamam quando o cumprimento "do bom" é exigido, ou há uma punição por este não cumprimento.

Até quando ?

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A ARTE DE VIVER DA FÉ

A seca no Nordeste não é um problema novo, muito menos uma situação desconhecida dos governantes. Contudo, segundo informações do Governo Federal, em 2013 a região vive sua maior seca nos últimos 50 anos.
 
Mais de 1.400 municípios estão sendo afetados pela estiagem, o que vem causando imensos transtornos à população destas cidades. Estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas estão vivendo novamente este drama.
 

Os principais fatores responsáveis pela falta de chuva na região são o "tipo de massa de ar aliado ao relevo, esse muitas vezes impede que massas de ar quentes e úmidas ajam sobre o local causando chuvas." (http://www.brasilescola.com/brasil/a-seca-no-nordeste.htm
 
Infelizmente, em relação aos fatores que causam o problema da seca, não há, ainda, nada que se possa fazer. Entretanto, muito já poderia ter sido feito em relação ao combate a este mal que assola o Nordeste durante anos.
 
E a seca tem impactos diretos na vida das pessoas, sejam elas moradores das cidades afetadas ou não. É claro que quem vive diretamente este drama sofre muito mais do que aqueles que são indiretamente impactados pelo problema.
 
Quem não vive a estiagem ou não conhece a realidade das pessoas que moram no sertão, talvez não faça ideia do que a falta de água representa na vida desta população. Posso afirmar isso com conhecimento de causa, pois nos últimos anos atuei viajando pelo interior do Nordeste e conheci a realidade da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Piauí. 

Só nestas andanças pela região pude compreender um pouco mais do drama que a população vivencia rotineiramente e perceber que eu não fazia ideia do que era a seca. Apesar disso, não posso ser presunçoso em dizer que sei perfeitamente o que é isso.
 
Não sei. E não sei porque jamais tive que me privar da água como estas pessoas. Não sei porque jamais enfrentei léguas e mais léguas para buscar um pouco de água. Não sei porque jamais tive que racionar água e torcer para que a chuva venha logo.
 
Imagine como a vida desta gente deve ser difícil. Imagine como é triste você chegar numa cidade destas e ver crianças desnutridas, sem uma alimentação adequada. Imagine como deve ser a luta pela sobrevivência embaixo de um sol escaldante.

E a seca afeta tudo nas cidades. O movimento do comércio cai porque quem vive na zona rural não consegue produzir, com isso não tem o que vender e como consequência não tem dinheiro para comprar.

Com a queda nas vendas, os comerciantes precisam reduzir os custos e demitir funcionários. É uma reação em cadeia, que vai fazendo a roda da economia girar cada vez mais lentamente, devagar quase parando.
 
Por que entra ano e sai ano e o problema da seca continua afetando milhares de pessoas? Por que o governo não investe de uma forma mais incisiva no combate ao problema ao invés de ficar sempre com medidas paliativas?
 
A quem interessa a manutenção da chamada "indústria da seca"? Quem ganha com isso? Será que nada pode ser feito para diminuirmos os impactos da estiagem ou falta mesmo interesse? Existem soluções?
 
Tenha certeza disso! Vejamos o exemplo de Israel, que está numa região de deserto e mesmo assim tem agricultura e pecuária muito desenvolvidas.Ao que parece, falta vontade política! Falta foco em resolver o problema! 
 
Apesar disso, o nordestino, o sertanejo não perde as esperanças e sempre acredita que a chuva virá e a vida irá melhorar. Parafraseando Herbert Viana é "a arte de viver da fé! Só não se sabe fé em quê..."
 
 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

BASTA!

Esse último final de semana mais uma vez foi marcado por atos de violência entre torcidas no futebol brasileiro. O mais grave deles, ocorrido aqui em Fortaleza/CE, culminou com a morte de dois torcedores do Ceará que estavam indo para o clássico Rei contra o Fortaleza.

É um verdadeiro absurdo nos dias de hoje que pessoas ainda matem e morram apenas por torcerem por equipes rivais. O futebol é um esporte maravilhoso, encantador, fascinante! Atos de violência só contribuem para afastar o torcedor ainda mais dos estádios.

Escrevo isso como amante do esporte bretão. Alguém que cresceu frequentando estádios Brasil afora acompanhando o Bahia e até mesmo vendo outros times pelo simples prazer de viver a emoção de assistir a um jogo dentro do estádio. 

Alguém que frequentou a antiga Fonte Nova na época da torcida mista, espaço onde tricolores e rubro-negros assistiam juntos os grandes BAVIs da década de 80 sem nenhum tipo de confusão. Os torcedores saiam juntos e o máximo que acontecia era o vencedor fazer gozações com o perdedor.


Em minha infância não me recordo de grandes brigas entre torcidas. Muito pelo contrário, o pau comia dentro de campo, especialmente nos grandes jogos. Nesta época os jogadores não eram como hoje, que saem rindo após uma derrota...(isso é assunto para um próximo post)

Já no início dos anos 90, quando eu já era adolescente, me recordo claramente da rivalidade entre as torcidas organizadas em São Paulo. Mancha Verde (Palmeiras), Gaviões da Fiel (Corinthians), Independente (São Paulo) e Força Jovem (Santos) eram protagonistas de cenas horríveis de violência.

Daí para frente a violência parece ter crescido. O que antes era visto somente no sudeste, contagiou as torcidas organizadas do nordeste, então conhecidas somente pelos belos espetáculos que proporcionavam lotando os estádios.

Mas, infelizmente, os exemplos que não prestam parecem ser os mais comuns de serem seguidos. E como um verdadeiro tsunami a onda de violência entre torcidas tomou conta de todo o território nacional.

Por que isso? Por que ainda continuamos vendo pessoas matando e morrendo por seus times de futebol? Por que a rivalidade entre torcidas faz tantas vítimas? Por que as pessoas matam somente pelo fato do outro torcer para outro time?

Sinceramente, não consigo responder estas perguntas. Não entendo como tanta gente consegue transformar algo tão bonito como o futebol em uma coisa tão imbecil como a violência.

Pessoas, ou melhor, vândalos, assassinos, marginais e tantos outros termos que possam definir este tipo de gente, que comete atos de violência, independente do time que torcem, precisam ser rigorosamente punidas.

Basta de impunidade! Nossas leis precisam ser mais rigorosas com estes marginais transvestidos de torcedores. As punições precisam ser exemplares! Quantas vidas ainda serão perdidas devido a esta imbecilidade!

O Brasil será sede de importantes competições nos próximos anos, como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. É preciso aproveitar este momento e agir severamente contra aqueles que não entendem o que é torcer.

Somos um país apaixonado pelo futebol, mas que torcedores ainda morrem por conta desta paixão. E a violência tem, comprovadamente, afastado o público dos grandes jogos. Basta observarmos o público recente de clássicos do futebol brasileiro. 

Muita gente não vai aos estádios com medo de não voltar para casa. E, como vemos, há razões plausíveis para este medo. É fundamental darmos um basta nisso! Chega de violência, de vandalismo, de atitudes inconsequentes.

Futebol é paixão! Futebol é fazer amigos! Futebol é emoção! Futebol é, acima de tudo, diversão! Não podemos mais aceitar que pessoas matem sob o pretexto da rivalidade. Do contrário, perderemos esta guerra para aqueles que não entendem o verdadeiro sentido do esporte. Basta!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

COMPORTAMENTO NO TRÂNSITO

Hoje, mais uma vez, irei abordar um tema importantíssimo nos dias de hoje: o trânsito. Desta feita, o foco será no comportamento dos motoristas, aspecto fundamental a ser considerado quando abordamos este tema.

Nos últimos anos o número de carros e motos cresceu significativamente nas grandes cidades. Juntamente com isso, muitos novos motoristas foram para as ruas, parte deles sem a menor condição de estar dirigindo um carro ou guiando uma moto.

Sem a devida formação e o mínimo de educação para o trânsito, estas pessoas são lançadas à própria sorte na loucura das vias urbanas que já estão repletas de gente estressada e mal preparada. Este é apenas um dos fatores que devem ser levados em consideração quando fazemos este tipo de análise. 

Será que todos os motoristas estão devidamente preparados e capacitados para conduzir um veículo? E esta pergunta vale tanto para os recém habilitados, quanto para os mais experientes. Para mim, não parece ser uma questão de tempo de direção (embora considere isso importantíssimo), mas sim de atitude. 

É difícil entender o que acontece com as pessoas quando estão dirigindo seus carros. Muitas mudam totalmente seu comportamento habitual quando sentam no banco do motorista e transformam-se de maneira surpreendente.

Parece que o carro dá ao motorista um poder que ele, enquanto cidadão, não tem quando está fora de seu veículo. Fico com a impressão de que algumas pessoas parecem se sentir acima do bem e do mal e se permitem fazer as coisas mais absurdas e inimagináveis.

Conversões indevidas, alta velocidade, ultrapassagens em locais proibidos, fechadas em outros carros, falta de sinalização nas manobras, fechamento de cruzamentos...estes são apenas alguns exemplos do que vemos diariamente.

Além disso, como as pessoas já andam estressadas com suas atribuições do dia a dia, elas terminam transferindo este estress para o trânsito. Quantas vezes você não viu motoristas perdendo a cabeça? 

Some um dia atribulado a um trânsito caótico, adicione uma pitada de estress com os outros motoristas, tempere tudo isso com a  impaciência e falta de educação. Agora é só acender o pavio com uma atitude inadequada do motorista ao lado para que a bomba de ira exploda.


E é por isso que precisamos nos policiar e evitar que as atitudes dos outros acendam nossos pavios. Precisamos, cada vez mais, dirigir com tranquilidade, respeitando a legislação vigente e obedecendo os sinais de trânsito.

Cada um de nós é responsável por fazer das ruas um ambiente menos estressante e mais respeitoso. Se cada um fizer a sua parte conseguiremos melhorar o trânsito. Não podemos permitir que o stress vire ira.

Quantas pessoas morrem diariamente no trânsito? Quantas vezes atitudes irresponsáveis acabam com vidas inocentes? Quantos motoristas, pela forma como conduzem seus veículos, não o transformam numa verdadeira arma? Quantas vezes você já presenciou ou até mesmo se envolveu em brigas de trânsito?

Para que tudo isso? Façamos uma reflexão sobre como estamos nos comportando no trânsito. Se estamos sendo educados, cordiais, respeitando os outros. A partir daí poderemos repensar nossas atitudes e contribuir para uma vida melhor, com menos estress, mais tolerância e acima de tudo com mais respeito ao próximo. 

O trânsito pode e deve ser melhor! Só depende de nós! Sejamos, pois, os agentes desta mudança!

domingo, 14 de abril de 2013

ATÉ QUANDO ?



Não fui ao jogo hoje, assisti pela televisão.

Fiz o meu protesto pacífico e silencioso contra a PATOTA que comanda o nosso clube, não comparecendo ao estádio.

E já na escalação do time, vi que estava certo EM NÃO IR AO ESTÁDIO. O Bahia entrou em campo bem ao estilo Joel Santana, repleto de volantes. Para enfrentar o “PODEROSÍSSIMO” Vitória da Conquista. Era o prenúncio de um jogo horrível.

A Itaipava Arena Fonte Nova estava bem vazia. A torcida tricolor, ainda desconfiada E REVOLTADA com seu time, não compareceu em peso.

E o jogo começou com os mesmos erros de passe por parte do Bahia, os mesmos erros de posicionamento, e SEM NENHUM JOGADOR DA DIVISÃO DE BASE. Estranho hein ?

Souza, curado de uma suposta ressaca (prá quem lembra do jogo com o Maranhão, Souza saiu com “ânsia de vômito”…a mesma coisa que eu sinto depois de tomar uns gorós”), entrou em campo com uma chuteirinha amarela de gosto questionável. E aos 15 minutos do segundo tempo, o jogador chinelinho Souza sai de campo acusando uma lesão. Eu, particularmente, acho que está na hora de fazer uma continha “custo e benefício” de Souza, que foi chamado de “pipoqueiro” pelo torcedor na sua saída de campo.

Ao longo do jogo, o Bahia não conseguiu convencer nem o mais otimista dos torcedores, não conseguia trocar mais do poucos passes em sequência.

O Bode explorou bastante a fragilidade das nossas laterais, especialmente do lado direito Neto (que há algum tempo não vem jogando bem, e já penso ser a hora de Mádson jogar). Aliás, Neto foi trocado no intervalo do jogo por um jogador que mais parece uma baiana de acarajé, Toró (aquele que veio ao Bahia carregando consigo uma lesão muscular, como tantos outros). E fez aquilo que ele mais gosta. Encher o time de volantes. Joel tirou um especialista e improvisou o jogador. E com isso eu fiquei pensando : Será que Neto está de saída do Bahia ?

Aos 23 minutos do primeiro tempo, aconteceu aquilo que estava escrito nas estrelas : Gol do bode. Merecido. Com o detalhe : FALHA NA MARCAÇÃO DE TITE na cobrança do escanteio. Aliás, Tite vem falhando há bastante tempo e recorrentemente. Será que o ciclo do “Titibull” também está chegando ao fim ?

E a partir daí, aquela pequena torcida que foi ao estádio começou a vaiar o time. Merecidamente.

Se já estava feio o jogo, depois disso ficou mais feio ainda.

Mas a salvação estava a caminho…vinda de Obina – de novo – de cabeça. Da única forma possível, numa cobrança de escanteio, aos 32 minutos do primeiro tempo. Aliás, Obina continua lento, acima do peso, uma baiana do acarajé. Será que o Bahia virou um Spa ?

O bode, criativo, entrosado e veloz, brincou o tempo todo de tocar a bola na intermediária do Bahia. Durante todo o jogo.

O tricolor, nitidamente sem criatividade, sem velocidade, sem qualidade, é um time previsível, facilmente anulado. Um time MUITO RUIM. Resumindo : COM ESTE TIME ESTAMOS FERRADOS.

Zé Roberto, o nosso Zé Buteco, que me pareceu mais magro, entrou relativamente bem. Atacou, se movimentou, quase marcou dois gols. Começa a ser sombra do jogador que foi um dia.

O argentino Rosales mostra que com a bola nos pés pode nos ajudar bastante. Precisa apenas melhorar sua movimentação em campo. Deu dois ou três passes que quase resultaram em gol, e foi aplaudido em sua saída de campo. E Joel chamado de burro por sacar aquele que foi – ao meu ver – o melhor jogador do Bahia em campo (depois de Omar).

E tal qual o jogo em Vitória da Conquista, a partida terminou empatada em 1×1. Mais uma vez.

E o Bahia terminou o jogo ainda líder de seu grupo e, PASMEM, com o mesmo número de pontos do lanterna do outro grupo desta fase final…coincidentemente o mesmo Vitória da Conquista.

E o Bahia segue, tendo vencido apenas uma das suas partidas nesta fase final do baianão, um retrospecto nada animador para a torcida tricolor.

E a Itaipava Arena Fonte Nova continua sendo O BELO ESTÁDIO QUE ESTÁ SENDO MALTRATADO POR UM FUTEBOL HORRÍVEL.

E O BAHIA CONTINUA SE MOSTRANDO UM TIME DE PÉSSIMA QUALIDADE, SEM PODER OFENSIVO, FRÁGIL DEFENSIVAMENTE. UM TIME SEM COMANDO.

O Bahia jogou, nada mudou, o time empatou e o torcedor sofreu.

A diretoria continua, as negociatas continuam, a revolta da torcida continua.

Até quando assistiremos a este filme velho ?

ATÉ QUANDO ?

sábado, 13 de abril de 2013

PATOTA TRICOLOR

Aqueles, que assim como eu, tem mais de trinta anos, hão de lembrar do então apresentador e narrador Chico Queiroz. Ele comandava a equipe de esportes da TV Itapoan na década de 80. Mas por que lembrei desta figuraça hoje?


Porque quando o Bahia adentrava os gramados, em especial na Fonte Nova, Chico Queiroz utilizava o seguinte jargão: "LÁ VEM A PATOTA TRICOLOR!" Em meio aos fogos de artifício, papel picado e aplausos o esquadrão era saudado por sua imensa e apaixonada torcida.

Lembrei disso antes de escrever minha coluna de hoje porque nesta época PATOTA TRICOLOR era a maneira pela qual o narrador se referia ao nosso time de uma maneira carinhosa e muito bem humorada.

E o jargão cunhado por Chico Queiroz veio à minha mente nestes últimos dias. Infelizmente, desta feita de uma maneira extremamente negativa para nós tricolores. Afinal, a PATOTA em questão não é nada boa.

O termo, mais do que nunca, anda em alta no Fazendão. O mesmo grupo, ou melhor, a mesma PATOTA comanda o Bahia há muitos anos e levou o clube ao seu maior jejum de títulos na história, bem como a transitar pela Série B e até mesmo a insólita Série C do futebol brasileiro.

Além disso, muito tem se comentado na imprensa e nas redes sociais que o elenco do Bahia é rachado e que a PATOTA comandada por Titi, Souza e Marcelo Lomba teria contribuído de forma decisiva para a queda do então treinador Jorginho.

O fato se torna ainda mais grave quando a diretoria cede aos apelos dos jogadores e traz de volta um treinador que é o mais querido pelas duas PATOTAS: a da direção e do elenco.

Longe de mim fazer qualquer tipo de acusação infundada ou comentário leviano, este não é o meu perfil. Contudo, para mim ficou clara esta divisão do grupo logo no jogo seguinte ao trágico BAVI da inauguração da Arena Fonte Nova.

De quem foi a decisão de tirar da lista de relacionados TODOS, absolutamente TODOS os jogadores oriundos da divisão de base para a viagem à São Luís? De quem foi a decisão de inserir nesta lista atletas que sequer haviam sido relacionados anteriormente por Jorginho como Pablo e Toró?

Por que, de repente, não mais que de repente, Adriano Michel Jackson perdeu sua vaga no time titular e quando Souza saiu do time aos 30 minutos do jogo contra o Maranhão, quem entrou em seu lugar foi Zé Roberto e não Adriano que também estava no banco?

Por que em um jogo cujo o time vencia por 2 x 0, com um homem a mais, Eduardo Barroca resolveu colocar Toró em campo e atuar com quatro volantes diante do "poderoso" MAC? E por que, logo após o triunfo suado, o mesmo auxiliar dedicou o triunfo ao presidente e não ao torcedor tricolor?

Por que o time não aproveitou a oportunidade de jogar contra um adversário inexpressivo em que fez um gol logo no início da partida para tentar aplicar uma goleada e acalmar um pouco os ânimos da torcida?

Ou algum torcedor tricolor ficou satisfeito com o que viu na última quinta-feira? Um time apático em campo, sem nenhuma vontade, sem brios e que venceu muito mais pela fragilidade do adversário do que pelos seus próprios méritos.



Como explicar a vontade alguns atletas como Omar, Magal e Marquinhos Gabriel (que entrou no segundo tempo), contrastando com a displiscência de Neto, Titi, Hélder e tantos outros?

Pois é amigos. Infelizmente nosso glorioso Esporte Clube Bahia parece ter se tornado o time das PATOTAS. Se já não bastasse esta diretoria pífia, agora também convivemos com as panelinhas dentro do elenco.

Nem esta diretoria, muito menos grande parte destes jogadores do elenco atual, representam a grandeza de nosso Bahia. Temos que continuar protestando como estamos fazendo, cobrar providências e lutar para tirar esta corja de nosso clube.

O Bahia não tem dono! Ou melhor, tem sim! É de nossa imensa e apaixonada torcida e tenho certeza que lutaremos cada vez mais por um Bahia mais forte e vitorioso! Nós, torcedores, somos a verdadeira PATOTA TRICOLOR e unidos podemos mudar esta triste realidade!