quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM!

Estamos chegando ao meio do campeonato brasileiro e até o momento o Bahia não mostrou um futebol minimamente aceitável e o resultado disso é a permanência do tricolor na zona do rebaixamento por seguidas rodadas.

Após 7 anos longe da elite, o Esquadrão de Aço retornou à Série A em 2011 e desde então vem brigando com unhas e dentes para se manter na primeira divisão. Este ano não está sendo diferente, muito pelo contrário, está sendo pior do que os outros.

Após um início de certame promissor com 8 pontos em 5 rodadas, tendo até figurado no G4, o tricolor despencou na tabela. Reflexo de um futebol de baixíssima qualidade técnica e de resultados horrorosos dentro da Fonte Nova.

Contudo, não podemos nos deter apenas nesta temporada para entender o que vem acontecendo com o Bahia. Infelizmente o time de maior torcida no Norte/Nordeste do Brasil se apequenou! É triste constatar isso, mas é a pura realidade.

Entre 2004 e 2010 transitamos pelas Série B e C, em campanhas muitas vezes desastrosas, enfrentando adversários inexpressivos no cenário nacional e nem assim conseguindo resultados positivos.

A agonia parecia chegar ao fim naquela tarde de sábado, 13/11/10, quando o tricolor derrotou a Portuguesa em Pituaçu por 3 x 0 e retornou para a Série A. O passar do tempo nos mostrou que a angústia mudara apenas de divisão.

São quatro anos brigando para não cair! Quatro anos de sofrimento para uma torcida que sempre esteve ao lado do time nos momentos mais difíceis de sua história! Quatro anos de Série A com futebol de Série B!

Se fora de campo o Bahia se tornou um clube mais democrático e expurgou de sua administração pessoas que colocavam o interesse próprio acima dos interesses da instituição, dentro das quatro linhas parece que nada mudou!

O torcedor tricolor esta cansado disso! O Esquadrão precisa voltar a ser grande! Precisa voltar a ter um time digno de sua tradições, que possa disputar os campeonatos sempre brigando entre os melhores.

Ninguém mais respeita o Bahia (basta lembrar do caso Romagnoli). Cresci vendo um Bahia quase imbatível na Fonte Nova. Hoje qualquer time chega em Salvador e joga à vontade, não é pressionado como era antes e perder em nossos domínios se tornou algo normal.

O torcedor não pode aceitar isso! O Bahia é grande! Tem uma das mais gloriosas histórias do futebol mundial! É preciso resgatar a mística tricolor, parar de trazer refugos de clubes do eixo sul/sudeste e apostar mais nas divisões de base.

Temos uma das melhores divisões de base do Brasil! Revelamos grandes talentos ano após ano, que são vendidos a preço de banana sem sequer ter a oportunidade de vestir o manto sagrado por uma temporada inteiro.

Como querer um time forte se os jogadores que chegam não tem nenhuma identificação com o clube? Como voltar a ser grande se nos desfazemos de nossos principais talentos da base? Como ser forte se os treinadores negligenciam a base e apostam nos refugos?

Nao dá mais para disputar Série A apenas lutando para não cair. É muito pouco para um time das tradições do Bahia! É preciso mudar a mentalidade com que o futebol vem sendo tratado no clube, dar uma guinada e voltar a crescer!

Este ano o flerte com o rebaixamento começou mais cedo e receio que ao final do ano o casamento seja consumado e o Bahia retorne para a Série B. Espero que isso não aconteça, mas se nada mudar  o tricolor voltará à segundona com a impressão de jamais ter saído de lá, afinal são quatro anos na elite com futebol de Série B!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

PARA NUNCA MAIS SAIR DA HISTÓRIA!

Após um longo período sem escrever no blog e sempre me cobrando um tempinho para retomar as potagens, eis que hoje acordei inspirado e resolvi escrever algumas mal traçadas linhas para desenferrujar. 

E por que justo hoje resolvi voltar a escrever? Porque há 20 anos atrás, justamente num 07/08 do já longínquo ano de 1994, presenciei, juntamente com pouco mais de 97 mil pessoas que estavam na Fonte Nova e mais outros tantos milhões mundo afora, o surgimento de um ídolo!

Era um domingo como muitos outros domingos de 1994. Só que aquele não seria um domingo qualquer! Era a decisão do campeonato baiano! Bahia e Vitória decidiriam mais uma vez o certame, sendo que o tricolor jogava com a vantagem do empate.


Depois de um campeonato repleto de altos e baixos, com goleadas do maior rival por 4 x 0 e resultados muito aquém das expectativas, o Bahia reencontrara o caminho dos triunfos após a chegada do treinador Joel Santana e uma legião de reforços desconhecidos vindos de clubes pequenos do Rio de Janeiro. 

O time cresceu na competição e chegou até a final muito motivado em conquistar o bicampeonato baiano. Eu lembro como se fosse hoje os dias que antecederam aquela final: muita expectativa nas ruas, torcedores em polvorosa e promessa de quebra do recorde de público num BAVI.

Como o tricolor jogava por um empate, passei a semana inteira comentando com os amigos e familiares que estaríamos perdendo o jogo até os 45 do segundo tempo quando Advaldo NBA (zagueiro alto, desengonçado e de pouca qualidade técnica) empataria o jogo de cabeça e daria o título ao Bahia.

No dia do jogo, repleto de ansiedade, almocei cedo e saí de casa com minha irmã para percorrer os pouco mais de 6 km que separavam nossa casa da Fonte Nova. Isso mesmo, naquela época íamos e voltávamos andando do estádio.

Chegamos cedo na Fonte e logo entramos para garantir nosso lugar, afinal as redondezas estavam cheias e muita gente ainda tentava comprar ingressos para assistir a decisão. O recorde de público era garantido!

Dois terços do estádio estavam em azul, vermelho e branco e apenas o lado esquerdo das cabinas de imprensa era ocupado pela torcida rival. A festa era bonita!!! Torcedores de ambos os times cantavam alto e mediam força nas arquibancadas muito antes da bola rolar.

E o jogo começou! No alto dos meus 17 anos, aquela era mais uma decisão que acompanhava no estádio, fato que se repetia desde 1981 em todos os anos que o Bahia chegara a final. Apesar de jovem, já me sentia experiente em finais e sabia que seria um jogo tenso e cheio de emoções.

Não deu outra!!! O jogo era pegado, com muita disputa e poucas chances de gols. Foi quando no final da primeira etapa o rival abriu o placar num belo gol do centroavante Dão. Festa para a minoria barulhenta de vermelho e preto.

Na hora do gol fiquei resignado! Revoltado! Mas segundos depois olhei para Aline (minha irmã) e comentei: "lembra do que falei a semana inteira? Vamos empatar!!! Tá tudo dentro do script..." Ela deu um sorriso amarelo, meio descrente e gritou com sua voz anasalada e estridente: "Bora Bahêeeaaaa!!!" (Já sei que quando ela ler vai dizer que não foi bem assim, mas a história é minha e eu conto do jeito que eu quiser...kkkk).

Veio o segundo tempo e com ele a esperança da nação tricolor por um empate  Foi aí que Joel resolveu abrir mão de um dos volantes (Maciel) e colocar em campo o jogador que seria responsável por um dos mais lindos capítulos da história do Bahia.

Raudinei Anversa Freire assinou a súmula e entrou no gramado com a camisa 15. Até aquele 07/08/1994 Raudinei não tinha feito muito com o manto sagrado, porém o que faria minutos depois seria suficiente para alça-lo à condição de ídolo!

O jogo continuava muito disputado, muita transpiração e pouca inspiração. O tempo ia passando, a angústia aumentando...até que o rival teve uma chance no final do jogo e a zaga tirou quase em cima da linha..

Neste momento, com a torcida ainda apreensiva, levantei e gritei: "vamos empatar!!!" Eles tiveram a chance de matar o jogo e não o fizeram. Isso custa caro contra um time como o Bahia, com alma, garra e muita estrela!!!

O jogo já chegava no final e ninguém saia da Fonte Nova abarrotada de gente! A torcida rival já comemorava o título e ecoava um ridículo "Bi, Bi, Bahia é Bicha" se referindo ao bicampeonato que estávamos deixando escapar...

Foi então que surgiu o lance que mudaria para sempre a vida de Raudinei! A bola foi recuada para o goleiro Jean que estava na intermediária, ele tocou para o zagueiro Missinho, que deu um chutão para o meio encontrando a cabeça do volante Souza que tocou para o atacante Zé Roberto, de novo de cabeça passar para Raudinei...(pausa estratégica para conter a emoção e rever na memória e no Youtube o gol - https://www.youtube.com/watch?v=4puWEv0YB0M).

O camisa 15 viu a bola cair à caráter para um chutaço de canhota que venceria o goleiro Roger e faria a festa mudar de lado aos 46 minutos do segundo tempo!!! A Fonte Nova foi à loucura num dos momentos mais emocionantes de minha vida de torcedor!!!


O grito de gol, preso na garganta durante os 90 minutos regulamentares, ecoava não só na Fonte Nova, mas em toda a Bahia, o Brasil e o mundo!!!! Raudinei entrou no jogo decisivo para nunca mais sair da história do Bahia!!!

O Bahia conquistou o bicampeonato baiano e nosso eterno camisa 15 um lugar de destaque na galeria dos maiores ídolos do clube! Um ídolo que só precisou de um gol para virar mito e ficar para sempre no coração do torcedor tricolor!

Valeu Raudinei!!

sábado, 19 de abril de 2014

GREVE, POLÍCIA, POLÍTICA, ELEIÇÕES E O POVO


Os últimos dias foram marcados por mais uma greve no Estado da Bahia, deste vez por parte dos Policiais Militares.


Foi uma greve anunciada, uma greve recheada de contornos "especiais", que misturou a pauta de reivindicações da corporação e interesses políticos, e que trouxe um incalculável prejuízo aos empresários do Estado, insegurança e terror para o principal prejudicado : o povo.

Num passado não muito distante, o Sr. Jacques Wagner - atual Governador do Estado da Bahia, fez fama como atuante líder sindical, liderando greves, negociando condições com o patronato. Hoje, vive o "outro lado da mesa".

Em 2012, período eleitoral, Salvador - e o Estado da Bahia - viveu a maior e pior greve da sua história, comandada pelo mesmo Soldado Prisco (que posteriormente seria eleito Vereador de Salvador) com cerca de 10 dias de greve, mais  de 140 homicídios registrados e, coincidência ou não, a vitória do DEM na sucessão municipal, sobre o PT. E, politicamente, todos sabem que uma nova greve traria prejuízos incalculáveis para a candidatura do PT ao Governo do Estado.

O tempo passou e em ano igualmente eleitoral, 2014, desta vez a sucessão estadual, onde o DEM coordena e lidera a chapa de oposição contra o mesmo PT de 2012, o mesmo Marco Prisco - agora Vereador - mais uma vez liderou um processo de greve, que trouxe pânico, caos, insegurança e uma onda de violência em todo o Estado da Bahia.

Nestes "dois dias" de greve, a cidade virou um caos. Cidadãos promoveram diversos saques em inúmeros estabelecimentos de nosso Estado, diversos homicídios aconteceram, cerca de 50, cidadãos de bem se transformaram em reféns de uma cidade sem lei, empresários sofreram prejuízos enormes tanto em virtude de saques e desordem quanto pela falta de público que ficou em casa com medo de sair de seus lares. Um verdadeiro pandemônio.

E no meio de toda esta história, ainda tivemos o Deputado Capitão Tadeu - apoiador da greve, o prefeito ACM Neto - assistindo toda a situação de camarote e a Guarda Municipal, que foi criada para complementar a segurança em nossa cidade e, se recolhendo em plena greve no momento em que a população mais precisava dela sob a alegação de que as ruas não estariam seguras (???) para a força municipal de segurança.

Criou-se um cenário político complexo, mas igualmente previsível, uma vez que este expediente vem sendo amplamente utilizado como "tática de guerrilha política" assim como foi em 2001 e 2012 na Bahia, apenas para exemplificar.

Na humilde opinião deste que vos escreve, o que acabamos de presenciar não foi uma greve, mas um motim. Um motim liderado por um ex-policial, que buscou fazer carreira política liderando movimentos não apenas na Bahia mas em diversos locais do Brasil, apoiado por um parlamentar que deveria trabalhar a favor da lei e da ordem. Na minha visão, o que vivenciados foi uma atitude totalmente anticonstitucional, uma vez que a nossa Constituição Federal proibe expressamente a greve de policiais militares, uma vez que a hierarquia e a disciplina são os principais pilares de qualquer que organizaçao militar, e que quando tais pilares tombam, o que vemos é exatamente aquilo que vivenciados em 2001, 2012 e agora em 2014 : Desordem, bagunça, crime generalizado e o caos.


Apenas para contextualizar mais ainda todo o cenário político, me permito citar o quanto todos os nossos partidos políticos tem interesse neste momento de greve. Vamos ao personagem principal deste movimento, o Marco Prisco, o ex-policial, agora preso na Papuda ao lado de José Dirceu e Genoíno, é atualmente vereador pelo PSDB (que na Bahia apóia a chapa da oposição, capitaneada pelo DEM). Com a sua prisão, o Deputado Estadual Capitão Tadeu, do PSB (partido que disputará as eleições presidenciais contra o PT) buscou incendiar mais ainda a já inflamada tropa, a convocando para reativar a greve, "em represália à prisão de Marco Prisco". 

Temos ou não temos muitos interesses políticos em jogo ?

Qual a opinião de vocês .








sábado, 22 de fevereiro de 2014

O ÔNUS DO BÔNUS (A COPA DO MUNDO)

Logo que foi anunciada, a Copa do Mundo trouxe consigo os discursos de apoio de nossos políticos ao evento, justificando que a Copa deixaria um "legado" para o nosso Brasil, principalmente relacionado a infra-estrutura. Por outro lado, um bom punhado de pessoas sinalizava que tal "legado" nada mais seria que um "legado de corrupção", e que o nosso país não precisava da Copa, mas de dinheiro em educação, saúde, infra-estrutura, segurança...

Eis que chegamos em 2014, faltando menos de seis meses para o início da Copa, e o que se vê é de envergonhar qualquer brasileiro.

Foram despejados milhões, bilhões de reais na construção de novos Estádios (ou Arenas, como gostam de dizer). Isso sem falar no dinheiro da reforma dos poucos estádios já existentes e que participarão da Copa do Mundo.

Atrasos em obras que já deveriam estar prontas, obras que não serão concluídas para a Copa do Mundo, até algumas obras que sequer foram iniciadas.

Polêmica na liberação de meia entrada, na venda de bebidas alcoólicas nos estádios, implantação do "Governo FIFA" no Brasil.

Um novo estádio construído de forma nebulosa, em favorecimento ao clube do coração de um ex presidente.

Vergonha atrás de vergonha.

Enfim...ao contrário do que pregava à época o então presidente PTista,  esta Copa do Mundo não fez o pais avançar, não nos deixa legados positivos significantes, muito pelo contrário, fez com que a população fosse tratada como idiota, como gado, como uma "ameaça a soberania nacional".

Vou tomar como exemplo minha querida Salvador. Não houve aumento no número de leitos (hotéis), não houve investimento em mobilidade urbana (o nosso metrô, por exemplo, há 20 anos vem sendo construído e não foi ainda sequer inaugurado...detalhe : uma linha de 6km num metro de superfície), e nosso aeroporto se encontra numa condição péssima, que dá vergonha. A população não recebeu absolutamente nenhum benefício. Nenhum.

Claro que, diante de todo o caos, existem pessoas que estão rindo a toa...aeroportos privatizados, obras em caráter de emergência, parcerias para construção de estádios que ficarão totalmente inúteis após a Copa...imaginem quantos milhões estão envolvidos.

E, em meio a tanta confusão, tanta trapalhada, desvios e mais desvios de recursos podem estar acontecendo - nunca podemos afirmar sem provas, por isso o "podem". Uma verdadeira farra.

Se fossemos um país sério, acredito que toda a população apoiaria incondicionalmente o evento FIFA. Seriam altos investimentos, que mesmo com os altos custos nos trariam um retorno interessantíssimo, sob diversos aspectos (turistas, divulgação, investimento estrangeiro, etc), nos deixaria sim com um legado de infra-estrutura, mobilidade urbana, heranças que ficariam para as nossas futuras gerações. Mas, não, não somos um país sério. Somos o país do BBB, do "futibó", do "Lepo Lepo", do Tiririca em Brasília, do Clodovil eleito, do Léo Kret vereador (a), do João Henrique prefeito, da Dilma presidente. Somos, talvez, a maior piada do planeta.

Porém, mesmo com todos estes problemas expostos, escancarados, a Copa do Mundo vai acontecer, com todos os atropelos, com todas as lambanças, com todas as coisas "encobertas", com toda a corrupção. Ah...e, certamente, com MUITAS manifestações. Aliás, manifestações estas, que provavelmente serão uma grande pedra no sapato de nosso governo federal e da FIFA, e que nossos "nobres políticos" já se movimentam para rotular de "Movimento Terrorista".

Percebemos que aquilo que deveria ser um "bônus", a realização da Copa no Brasil, se transformou em uma série de "ônus" para o Brasil. Sob todos os aspectos.

E meu receio, meu principal receio, é a respeito dos choques que poderão - e irão - acontecer durante a Copa, onde a população revoltada sairá as ruas e, certamente, será confrontada por nossas forças armadas, onde covardemente irão defender o Brasil dele mesmo...ou não.

Quem viver verá.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

VOCÊ AMA A SUA EMPRESA ?

Nossa vida, pessoal e profissional, respeita ciclos de nascimento, crescimento, amadurecimento, perecimento e falecimento. E, a nossa principal missão profissional é tornar o ciclo de vida das empresas nas quais trabalhamos (ou trabalharemos) o maior possível, contribuindo assim para que se evite um falecimento corporativo precoce, construindo uma empresa para durar muitos e muitas décadas, independente de quem estiver na liderança, em papéis estratégicos, táticos ou operacionais.

É, baseado nos objetivos expostos no parágrafo acima, resolvo escrever um pouco sobre que atitudes e papéis podemos assumir no dia a dia, na direção certa, e que posturas e comportamentos não devemos ter, sob pena de prejudicar sensivelmente o organismo corporativo e as pessoas que fazem parte dele.

E primeiro lugar, há de se ter uma visão muito clara da essência da empresa. Quem ela é ? Para que foi criada ? O que ela espera dela mesma e de seus colaboradores para os próximos 10, 20, 30 anos ?

Outro aspecto importante é o "como" a empresa atrai, forma, qualifica, incentiva e trata seus líderes. A empresa incentiva a formação de novos líderes dentro de sua própria organização ? Os líderes tem a compreensão da empresa em seus erros ? Os líderes são valorizados como os verdadeiros "bastiões" corporativos, e são constantemente valorizados a medida que suas ações geram resultados positivos para a corporação ?

Como são desenvolvidos, construídos e aperfeiçoados seus produtos e serviços ofertados a sociedade ? Aliás, qual o retorno que esta empresa dá à sociedade em função daquilo que esta mesma sociedade contribuiu para o crescimento daquela corporação ? Como a empresa se posiciona "socialmente" ? Este, meus amigos e minhas amigas, é também um indicador fantástico a respeito do como a corporação se posiciona dentro daquele ambiente competitivo.

Um ponto onde podemos também perceber a preocupação da empresa com sua perenidade é o quanto e o como aquela empresa se analisa dentro do contexto do mercado. Como estou ? Minha oferta de produtos e serviços pode ser melhorada ? Como melhorar ? Estou atendendo meu público devidamente ? O que eu posso oferecer além do que já ofereço hoje ? Esta busca constante, eterna e incansável pela satisfação de seu público é, também, a marca das empresas campeãs. Isso faz, também, a diferença.

Não podemos deixar de levantar, também, um aspecto importante para esta avaliação : A empresa, seja ela qual for, está atenta à correlação entre oferta de recursos VERSUS cobrança de resultados ? Em suma, a empresa tem a consciência de que se não investe em sua "tropa" com treinamento e recursos físicos, por exemplo, terá seu resultado "repesado" por não ter dado ferramentas adequadas, ou armas suficientes, para a "guerra do mercado" onde seus colaboradores irão estar ? Isso, amigos e amigas, é também um indicador do quão longeva será esta corporação.

E, agora, provavelmente, o aspecto mais importante :  "Como" esta empresa enxerga seus colaboradores ? Como meros recursos produtivos ? Como meras peças de uma engrenagem maior ? Como co-participantes de uma construção do futuro ? Como líderes e agentes transformadores, independente de sua posição hierárquica momentânea ? Seus colaboradores estão REALMENTE engajados e olhando para a mesma direção da empresa ? Isso, senhores, revela uma boa noção do futuro que a aguarda.

Eu poderia escrever muito mais neste momento sobre este tema, mas fico por aqui.

Empresas não existem sem pessoas. Empresas não existem sem gente engajada. Empresas não existem sem corações apaixonados.

Você é apaixonado pela sua empresa ?



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

HOJE É DIA DE BAHIA

Hoje, 19 de fevereiro de 2014, comemoramos o 25º aniversario da épica conquista tricolor : o Bicampeonato Brasileiro de Futebol.
Me lembro como se fosse hoje.
Era um domingo ensolarado. Salvador, a Bahia inteira havia acordado em festa, confiante na conquista do tricolor de aço. Tudo preparado.
Eu aproveitava a tarde do domingo, antes do jogo é claro, para lavar o carro (um Chevette Vermelho de placa UA-5833, que tem muita história pra contar). Meu saudoso vovô Olympio estava lá em casa, vestindo o manto tricolor e aguardando ansiosamente por mais um jogo do nosso Baheeeeaaaa.
E começou o jogo, tenso, disputado. Mas o Bahia se sagrou campeão, derrotando a tudo e a todos, a toda a mídia que torcia impiedosamente para o Inter.
25 anos...como passa rápido.
E hoje, em minha querida Salvador, um jogo comemorativo com a maioria dos jogadores que participaram daquela partida, teremos um Bahia e Inter na Fonte Nova, um verdadeiro show, um verdadeiro "recordar é viver", um verdadeiro espetáculo.
Eu gostaria de estar em Salvador hoje, mas não posso.
Fica agora a esperança de dias melhores para o nosso Bahia, que voltemos a ter uma história de conquistas, de títulos, de alegrias, que nossas últimas gestões nos tiraram.
Hoje é dia de Bahia. Hoje e sempre.
BBMP.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

POR QUE PADRONIZAR ?

Você sai de sua casa para uma viagem à França, mas não fala absolutamente nada de francês. Avista uma McDonalds, e sem o menor constrangimento por não saber falar francês pede à atendente um Big Mac e uma Coca Cola. Sabe que o refrigerante e o sanduíche vem com os mesmos ingredientes do vendido no Brasil, assim como em todo o mundo. Isso, meus caros, é sim resultado de um processo de padronização.

Este exemplo é apenas um, dos milhares que podemos utilizar pra justificar a importância da padronização em processos nas nossas empresas, sejam elas locais ou globais.

Mas, primeiramente, o que é essa tal de padronização ?

Padronização é uma técnica que vida reduzir as variações dos processos de trabalhos, sem prejudicar eventuais flexibilidades. Destina-se principalmente a definir produtos e métodos para produzi-los, atendendo às necessidades de nossos clientes, de maneira simples, ao menor custo e com a menor variação possível.

Num mundo cada vez mais competitivo, a padronização é uma atitude primordial para aqueles que buscam uma melhor eficiência produtiva, reduzindo seu custo de operação, e buscando constantemente a melhoria de seu produto final.

Mas, quais os principais benefícios tangíveis e visíveis de um processo de padronização ? Vamos a alguns deles :

QUALITATIVOS
- utilizar adequadamente os recursos (equipamentos, materiais e mão-de-obra)
- uniformizar a produção
- facilitar o treinamento da mão-de-obra, melhorando seu nível técnico
- registrar o conhecimento tecnológico
- facilitar a contratação ou venda de tecnologia

QUANTITATIVOS
- reduzir o consumo de materiais
- reduzir o desperdício
- padronizar componentes
- padronizar equipamentos
- reduzir a variedade de produtos
- aumentar a produtividade
- melhorar a qualidade
- controlar processos

A padronização, meus caros, é de fundamental importância na busca da excelência de nossos produtos e serviços, possibilitando prever com menor dispersão os nossos resultados futuros.

Aliás, sem uma "base estável", uma base padronizada, se torna muito mais trabalhoso o "pensar" e o "alcançar" uma melhoria no nosso processo de trabalho, pois não conseguimos melhorar o que não conhecemos ou o que varia constantemente. Ora, como saberíamos dizer se temos um desempenho melhor ou pior em algo se, constantemente, estamos comparando "banana" com "laranja" em nosso processo ? Aí está, talvez, o aspecto mais importante do processo de padronização.

Um outro aspeto importante é o da delegação de atividades rotineiras. Ora, uma vez o processo desenhado e padronizado, é mais simples a delegação de atividades a pessoas, liberando os "detentores do conhecimento" a tarefas e projetos de melhoria, de forma a buscar maior competitividade à empresa. Deixa-se de existir a "dependência" de um indivíduo, por ele ser o detentor do conhecimento, do poder.

Padronizar é, também, facilitar a formação de nosso membros do grupo, de novos líderes. Uma vez definidos os procedimentos padrão, o treinamento aplicado na unidade da Bahia será útil também na unidade de São Paulo. E a manutenção dos padrões de operação garantirão, igualmente, a manutenção e melhoria dos resultados já obtidos.

Mas, quem pensa que "padronização" se resume a consensar normas e procedimentos, está redondamente enganado. Padronizar é, também, um processo de verificação contínua, um trabalho constante de utilização, treinamento, verificação e retroalimentação. Ciclo do PDCA. A padronização só conclui seu ciclo quando existe a garantia de que o padrão esteja sendo aplicado e utilizado em sua integralidade.

E, então, estaremos prontos para o próximo passo : Evolução dos processos. Mas este será assunto para um outro post.

Espero que tenham gostado.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

AMOR QUE NÃO SE EXPLICA


Depois de quase 60 dias longe Salvador, da minha Bahia querida, resolvi escrever um pouco mais sobre minha terra natal, a terra do meu coração. Minha Bahia.

Não, não se trata de saudosismo, não se trata de "I don't want to stay here, I want to go back to Bahia", mas de uma constatação : O homem sai da Bahia, mas a Bahia não sai do homem JAMAIS.

Não, não estou falando de "não me sinto em casa", mas reafirmando uma máxima que diz que "nossa casa é onde o nosso coração está". E, meus caros, o coração do baiano sempre, SEMPRE, estará na Bahia.

A Bahia é perfeita ? Não, longe disso.

Lá estão as melhores e maiores oportunidades profissionais ? Não, nem de perto.

Então, se nossa terra é cheia de defeitos, se não nos dá uma real possibilidade de ascensão profissional, que magia é essa que nos faz sempre, constantemente, sentir saudades, sorrir sozinho ao lembrar, e sempre sonhar em voltar nem que seja por um final de semana, ou um único dia bem aproveitado ?

É sobre isso que vou falar, vou TENTAR explicar, vou TENTAR demonstrar.

Talvez o primeiro motivo seja a família, os amigos, os parentes, as pessoas que deixamos por lá.

Podem ser, também, os famosos "babas", onde não importa perder ou vencer, mas sim as "resenhas", as "sacanagens", a reunião ao final dos jogos onde não existem vencedores ou perdedores, mas amigos que se divertiram.


O carnaval, as "lavagens", a Festa do Nosso Senhor do Bomfim, a festa de Iemanjá no Rio Vermelho. Pode ser isso, talvez.


Talvez sejam as praias, o sol, a areia, o carangueijo, o acarajé, o abará, o queijo-coalho na brasa. Talvez seja isso.


Certamente é por causa do time do coração, no meu caso o Bahia. Talvez pela saudade de ir ao estádio (a velha ou nova Fonte Nova, ou Pituaçu), de gritar "BAHEEEEAAA", de xingar, de pular, de rir, chorar. De comemorar.


Talvez seja o Farol da Barra, o de Itapoan, o Mercado Modelo, o Elevador Lacerda, o sorvete na Ribeira, o por do sol no MAM ou no Porto da Barra, o Pelourinho, o visual na Ponta de Humaitá, a Ilha de Itaparica, Morro de São Paulo, Praia do Forte, as praias do Litoral Norte, a Chapada Diamantina...talvez...







Os motivos, meus amigos, são muitos. Mas, mesmo com tantas possibilidades, não consigo explicar corretamente esta magia, esta coisa maravilhosa que é a minha Bahia, a minha Salvador.

É, realmente, um amor que não se explica. Se sente.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

POLÍTICOS...POLÍTICOS...POLÍTICOS...

Um texto rápido hoje.


Rapidamente, para mais uma vez constatar, criticar, polemizar e condenar a classe mais perversa da sociedade brasileira : A classe política.


Vejamos alguns fatos recentes, onde em especial irei comentar rapidamente sobre cada um deles.


Fato 1) Mensalão PTista
Utilizando o jargão dos próprios PTistas, "nunca na história deste país" tivemos notícia de tamanha corrupção, e de tamanha impunidade.
Enquanto a população brasileira agoniza com a falta de infraestrutura básica, saneamento, saúde, educação e segurança, os nossos ilustres políticos (neste caso, os PTistas) se esbaldaram nas propinas, esquemas, transferências e recursos não contabilizados. Políticos. Políticos. Políticos.


Fato 2) Condenação dos Mensaleiros
Depois de MUITA luta, de muito clamor popular, de muitas batalhas nos bastidores, os mensaleiros foram condenados e, alguns, presos. Bem, nem tão presos assim. Entre prisões domiciliares, e nem tão domiciliares assim, a política tratou marginais desonestos como "ilustres personagens de uma história policial". Políticos. Políticos. Políticos.




Fato 3) "Doação" aos Mensaleiros para pagamento de suas "multas"
Mas, a farra PTista, que parecia não ter fim, se torna mais mirabolante do que poderíamos imaginar. Eis que tiram da manga um "Ás", onde cada um dos websites criado pelos "Amigos do Delúbio", "Amigos do Genoíno" e os "Amigos do Dirceu" receberam generosamente uma boa bolada em grana "limpa" e "quente". Aliás, grana esta que qualquer "ser humano comum" jamais receberia em doação caso fizesse o mesmo, solicitando doações através de um website. Mas, a generosidade dos "companheiros" PTistas não tem fim. Políticos. Políticos. Políticos.


Fato 4) Votação FECHADA da cassação do Deputado Donadon
O deputado condenado e preso, Natan Donadon, foi julgado há tempos atrás e, em votação secreta, os seus "coleguinhas"o absolveram. Bem...um político condenado e preso numa penitenciária manteve, com a aquiescência de seus "coleguinhas", seu mandato. Uma vergonha para o país, mas um fato normal dentro das "leis da política", onde os conchavos valem mais do que a verdade, a justiça e do que as leis. Políticos. Políticos. Políticos.


Fato 5) Votação ABERTA da cassação do Deputado Donadon
Mas, após o clamor popular, os mesmos "coleguinhas" que absolveram o "Danadão" do Natan Donadon, quando foram OBRIGADOS a julgar em voto ABERTO (ou seja, com a ampla divulgação de seus posicionamentos para a população), CASSARAM quase que por unanimidade pela cassação de seu "coleguinha". 467 votos a favor da cassação, e uma abstenção (coincidentemente, um outro deputado igualmente condenado). E, ainda fomos obrigados a ouvir de um certo político que "É correto, mas é triste a fragilidade dos parlamentares, como se submetem à opinião pública e não votam como pensam". Ora, é muita cara de pau. Políticos. Políticos. Políticos.


Infelizmente a população brasileira ainda se deixa enganar por diversos políticos que através de bandeiras sociais, diversos "vales", cestas básicas, e outras benesses, continuam a receber votos e votos do povo, que teima em elegê-los e reelegê-los.


Infelizmente ainda vemos uma população pouco ou nada ativa contra a corrupção e que ainda por cima se permite corromper com dinheiro e algumas outras poucas benesses no intuito de estragar e macular a imagem de alguns movimentos bem intencionados, e na linha daquilo que o país precisa. Tudo, em virtude de interesses políticos, na sua pior forma. Tudo por causa da luta pelo poder. Tudo por causa dos políticos. Políticos. Políticos. Políticos.

Até quando ?

Quem souber, gentileza me responder.