domingo, 16 de fevereiro de 2014

AMOR QUE NÃO SE EXPLICA


Depois de quase 60 dias longe Salvador, da minha Bahia querida, resolvi escrever um pouco mais sobre minha terra natal, a terra do meu coração. Minha Bahia.

Não, não se trata de saudosismo, não se trata de "I don't want to stay here, I want to go back to Bahia", mas de uma constatação : O homem sai da Bahia, mas a Bahia não sai do homem JAMAIS.

Não, não estou falando de "não me sinto em casa", mas reafirmando uma máxima que diz que "nossa casa é onde o nosso coração está". E, meus caros, o coração do baiano sempre, SEMPRE, estará na Bahia.

A Bahia é perfeita ? Não, longe disso.

Lá estão as melhores e maiores oportunidades profissionais ? Não, nem de perto.

Então, se nossa terra é cheia de defeitos, se não nos dá uma real possibilidade de ascensão profissional, que magia é essa que nos faz sempre, constantemente, sentir saudades, sorrir sozinho ao lembrar, e sempre sonhar em voltar nem que seja por um final de semana, ou um único dia bem aproveitado ?

É sobre isso que vou falar, vou TENTAR explicar, vou TENTAR demonstrar.

Talvez o primeiro motivo seja a família, os amigos, os parentes, as pessoas que deixamos por lá.

Podem ser, também, os famosos "babas", onde não importa perder ou vencer, mas sim as "resenhas", as "sacanagens", a reunião ao final dos jogos onde não existem vencedores ou perdedores, mas amigos que se divertiram.


O carnaval, as "lavagens", a Festa do Nosso Senhor do Bomfim, a festa de Iemanjá no Rio Vermelho. Pode ser isso, talvez.


Talvez sejam as praias, o sol, a areia, o carangueijo, o acarajé, o abará, o queijo-coalho na brasa. Talvez seja isso.


Certamente é por causa do time do coração, no meu caso o Bahia. Talvez pela saudade de ir ao estádio (a velha ou nova Fonte Nova, ou Pituaçu), de gritar "BAHEEEEAAA", de xingar, de pular, de rir, chorar. De comemorar.


Talvez seja o Farol da Barra, o de Itapoan, o Mercado Modelo, o Elevador Lacerda, o sorvete na Ribeira, o por do sol no MAM ou no Porto da Barra, o Pelourinho, o visual na Ponta de Humaitá, a Ilha de Itaparica, Morro de São Paulo, Praia do Forte, as praias do Litoral Norte, a Chapada Diamantina...talvez...







Os motivos, meus amigos, são muitos. Mas, mesmo com tantas possibilidades, não consigo explicar corretamente esta magia, esta coisa maravilhosa que é a minha Bahia, a minha Salvador.

É, realmente, um amor que não se explica. Se sente.


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