segunda-feira, 29 de abril de 2013

SOBRE CAXIROLAS E "TALISCAS"

Um dias após mais um fiasco tricolor ante seu maior rival, o que mais se comenta a respeito do jogo é a "chuva" de caxirolas atiradas por parte da torcida do Bahia no gramado da Arena Fonte Nova. 

Exagero da imprensa? Sensacionalismo? Talvez! Fato é que este instrumento idealizado pelo músico Carlinhos Brown e inspirado no tradicional caxixi, roubou a cena no BAVI.

Antes de mais nada, quero deixar claro que repudio qualquer ato deste tipo nos estádios. Sou totalmente contrário ao lançamento de qualquer objeto no campo de jogo e entendo que, independente do time que cada um de nós torça, os responsáveis por isso precisam ser punidos.

Entretanto, é importante refletirmos, também, sobre a proporção que esta situação ganhou. A imprensa de modo geral criticou veementemente a atitude dos torcedores que promoveram este ato de falta de educação.

Como escrevi anteriormente, concordo que este é um fato lastimável. Minha indignação é em relação a dimensão que o fato tomou. As criticas à torcida tricolor tem sido bastante contundentes.

O que me chama atenção é que alguns dias atrás, na mesma Fonte Nova e justamente num BAVI que inaugurava a arena, foram quebradas nada mais nada menos que 21 cadeiras, sendo que 19 delas no setor em que se concentrava a torcida do rival.

Por que não vimos à época a mesma veemência nas críticas a este ato de vandalismo? Porque não houve tanto destaque da imprensa a esta atitude da torcida rival? Depredar um equipamento de interesse público é menos grave que atirar caxirolas no gramado?

Por que vemos a imprensa de maneira ácida criticar o torcedor tricolor e não vemos a mesma acidez e contundência para criticar os dirigentes do clube? É muito fácil criticar a torcida de maneira genérica...quero ver ter coragem de trazer à tona o que acontece nos bastidores do Bahia e adotar a mesma postura crítica em relação a MGF e afins.

Deixando de lado as caxirolas e comentando um pouco sobre o jogo, vi mais uma vez um time perdido em campo. O Bahia foi dominado pelo rival e não teve competência para sequer empatar o jogo.


Com o perdão do trocadilho infame, o Bahia jogou uma "talisca" de futebol. E jogou isso graças ao menino Anderson, que carrega consigo esta alcunha. Não fosse por ele (melhor em campo em minha opinião), talvez o resultado fosse ainda pior.

Escalado na "fogueira" por Joel Santana, Talisca mostrou que tem qualidade e acima de tudo muita personalidade. Não só ele como Ryder. Os dois foram os que mais mostraram vontade no time. Coincidência ou não, ambos são da base anteriormente não aproveitada pelo treinador.

Engraçado é que Joel havia afirmado que não estava escalando os "meninos" para não queimá-los. Aí, justamente num BAVI, ele vai e coloca os dois para jogar. Por que isso? Alguma hipótese?

Não vou ficar em cima do muro. Em minha opinião ele colocou os garotos da base para mostrar à torcida e imprensa que eles ainda não tinham condição de serem titulares. Ele quis queimar os meninos. Se deu mal! Os dois se saíram relativamente bem, mas o resto do time não ajuda.

E entre caxirolas e "taliscas" mais uma vez o Bahia foi derrotado. E o mais irônico disso tudo é que mesmo com esta campanha pífia no Campeonato Baiano, o tricolor pode ser campeão com apenas mais dois triunfos (um na semi e outro na final).

É esta a esperança de MGF. Afinal poderá se orgulhar de ser campeão baiano com apenas três triunfos e escreverá novos textos se vangloriando de mais este feito grandioso de sua "brilhante" gestão!

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