quarta-feira, 15 de maio de 2013

UM ATO DE CORAGEM

A vida me ensinou que não se deve falar nem escrever nada de cabeça quente para evitar que se cometam injustiças ou que se expressem opiniões movidas pelo calor da emoção. Pois bem, três dias após a humilhante goleada do Bahia para seu maior rival, eis-me aqui! 

Mas, sobre o que escrever após um resultado destes? Tenho consciência de que perder ou ganhar faz parte do esporte. Mas até hoje não consegui digerir esta derrota. Muito menos pelo placar dilatado e muito mais pela maneira como o tricolor perdeu o jogo.

Uma derrota de um time ridículo! Um time sem técnica, sem esquema tático, sem vontade e repleto de jogadores sem a menor condição de vestir e honrar o glorioso manto sagrado azul, vermelho e branco.

O pior de tudo. Uma derrota de um TIME SEM ALMA! Vou mais além. A derrota não foi só de um TIME SEM ALMA; foi também de uma direção SEM A ALMA E SEM O VERDADEIRO ESPÍRITO TRICOLOR!

 
Prova disso foi o pedido de demissão do Gestor de Futebol Paulo Angioni logo após o jogo. Gestor este que é responsável pela contratação de grande parte deste elenco que aí está e que ele deveria levar junto seja lá para onde ele for.

E não foi só Angioni que pegou o caminho de casa. O treinador Joel Santana, que nem deveria ter vindo, foi demitido cerca de um mês depois de assumir o cargo.

Além disso, pressionada pela torcida e precisando dar uma satisfação aos tricolores, a diretoria divulgou uma lista de dispensa de 14 jogadores, boa parte deles oriundos da divisão de base e sem a menor culpa em tudo que está acontecendo.

Interessante é que os medalhões paneleiros continuam prestigiados no Bahia. Jogadores que não tem o menor compromisso com o time, que já deram o que tinham que dar e que parecem continuar com moral junto à diretoria.

Enquanto isso, a torcida parece que enfim acordou para a vida e está cada vez mais mobilizada. A pressão está tão grande que para o jogo diante da Luverdense apenas 10 ingressos haviam sido comercializados antecipadamente.

E a tendência é que a pressão sobre MGF aumente ainda mais. A torcida se organiza, a imprensa nacional (ao contrário de boa parte da imprensa baiana) começa a bater forte na diretoria e a possibilidade de intervenção se torna uma realidade cada vez mais próxima.

O atual presidente tricolor, que já entrou para a história levando sucessivas goleadas do rival e fazendo campanhas pífias no Brasileirão, poderia ter conduzido o clube a um processo de democratização e valorização do seu torcedor. Não o fez!

Mesmo assim, ainda há tempo para que ele faça algo verdadeiramente grandioso para o Bahia. Se ele for Bahia de verdade (o que não duvido) deveria deixar a vaidade de lado e entender que seu ciclo chegou ao fim.

Renunciar seria permitir que outras pessoas pudessem fazer o que ele não conseguiu. A renuncia, neste caso, não seria algo covarde. Seria um verdadeiro ATO DE CORAGEM para o bem maior do Esporte Clube Bahia.

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