PAPO DE BOTEQUIM

Dois amigos de longas datas se encontram para colocar a conversa em dia e fazer aquela famosa resenha relembrando os velhos tempos.

Há muito tempo não se encontravam devido as atribuições do dia a dia. Nem por isso, aquela amizade construída ainda nos tempos de criança, havia mudado.

As marcas do tempo estavam presentes em ambos. Os cabelos, ou o que sobrou deles, já estavam ficando grisalhos; as barrigas já estavam do mesmo tamanho do que as de uma grávida de cinco meses e as "latinhas" (rostos para os menos íntimos) já demonstravam muitos sinais de desgaste.

Mas quem se preocupava com isso? Pelo papo descontraído e as risadas frequentes, regadas a garrafas e mais garrafas de cerveja, nenhum deles demonstrava se importar.

E a resenha seguia descontraída. Lembranças do tempo de escola sempre vem à tona neste tipo de encontro. E as lembranças eram muitas.

Desde as brincadeiras na hora do recreio, até as formas mais variadas de colas/pescas praticadas nas provas. E a cada história lembrada, mais risadas iam sendo ouvidas pelos demais presentes naquele botequinho pé sujo em que as grades de cerveja serviam de bancos.

Momentos como este também são propícios para se lembrar das peripécias um do outro:

- Lembra naquele carnaval em que você pegou aquela baranga que parecia um Gremlim? (Só os mais antigos lembrarão deste personagem do cinema) - perguntava um.

- Que nada, velho!!! Isso nunca existiu...é conversa da galera. Pior foi aquele nosso amigo que queria ficar com a manca...- retrucou o outro.

- E ele ainda se retou quando perguntamos se ia ficar com a manca. - interrompeu o um.

- Pois é! Ele respondeu: "Claro que vou! Não quero ela para apostar corrida!"

E todos caíram novamente naquela risada gostosa e verdadeira, que só as boas lembranças são capazes de proporcionar.

E papo vai, papo vem...os dois continuam conversando e sempre sacaneando (no bom sentido) um com a cara do outro. O tempo passa rápido e as estórias parecem jamais ter um fim...

Até que um deles se levanta abafado e diz que vai ao banheiro. Na volta, com um ar aliviado faz um comentário com o amigo:

- Rapaz, não tem nada melhor na vida do que uma boa mijada!!!

O outro, do tipo que perde o amigo, mas não perde a piada, retruca na mesma hora em meio a muitos risos:

- Velhão!!! Mijar??? kkkkk O maior prazer da vida? kkkkk. Das duas uma: ou eu não sei mijar ou você não sabe fazer amor!!!

E as risadas agora ecoam além do botequim...

E, ao contrário destes dois amigos que ainda tem muito papo pela frente, vamos ficando por aqui. Espero que tenham curtido esta nossa estória bem descontraída e que retrata bem a verdadeira amizade!

Se você conhece dois amigos como este ou se tem amigos assim, comente!