sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

AS LIÇÕES DA DERROTA

A quarta rodada da Copa do Nordeste foi marcada pela primeira derrota do Bahia na competição, o que frustrou e muito os pouco mais de dez mil tricolores que compareceram ao Estádio de Pituaçu e os outros milhões de torcedores do Esquadrão espalhados pelo mundo.

Perder nunca é bom! Contudo, entendo que o momento desta derrota foi excelente para que algumas situações que já não estavam boas pudessem vir à tona, em especial pelo fato de que as chances de conquistar a classificação em primeiro lugar para a próxima fase do certame continuam enormes.

Talvez com um triunfo os erros da equipe fossem jogados para baixo do tapete e o torcedor comum entrasse num estágio de falsa euforia com um time que ainda tem muito a evoluir. 

O Bahia manteve a base do ano passado, que já era composta por uma espinha dorsal de 2011. Jogadores como Marcelo Lomba, Titi, Fahel, Diones, Helder e Souza são remanescentes da primeira temporada de retorno do tricolor à elite do futebol nacional.

Pode-se contestar a qualidade deste elenco, mas estamos falando de um grupo que viveu duas situações distintas no ano passado. Um primeiro turno de campanha pífia e um segundo momento com a chegada do treinador Jorginho, em que as mesmas peças chegaram a 5ª melhor campanha do returno do Brasileirão.

A diretoria resolveu apostar neste elenco com a justificativa de que traria reforços pontuais. E isso foi feito, embora dos contratados poucos tenham tido a possibilidade de estrear.

O certo é que ainda existem erros recorrentes e que vem de longo tempo. O que falar de Jussandro como titular da lateral esquerda? Ainda não consigo enxergar o garoto como dono da posição. Não tem grande poder de marcação e quando apoia não tem sido efetivo. 

E este lado esquerdo é o ponto fraco do Bahia na temporada. Jussandro não vem bem e Jorginho ainda não conseguiu resolver a questão da cobertura daquele setor por um dos volantes. Só não está pior porque Titi vem fazendo um início de ano promissor.

 

 Os três volantes não tem grande poderio ofensivo e isso fica ainda mais evidente quando Helder não joga, pois de todos é o que tem maior capacidade de chegada à frente e de qualidade do passe. Diones e Fahel continuam errando passes simples e prejudicando a evolução da equipe como um todo.

No setor de criação já foram testados Jeferson, Anderson Talisca e Magno, mas nenhum deles deu uma resposta positiva de que podem ser aquele organizador de jogadas que o time tanto precisa.

Sem um setor de criação eficiente, o ataque continua sofrendo. Souza recebe pouquíssimas bolas em condição de finalizar e Ryder, por mais que se movimente e abra espaço não tem com quem jogar.

O time depende muito do apoio dos laterais e Neto não vive um bom momento. Desta maneira, as jogadas de bola parada, em especial escanteios e faltas laterais, viram a esperança de chegar ao gol adversário, pois a força aérea azul, vermelha e branca é muito forte, com destaque para Fahel.
 
Algumas pessoas podem justificar que ainda é cedo, estamos em início de temporada e este time pode encorpar. Sou obrigado a concordar com quem pensa desta maneira, porém com algumas ressalvas.

Os contratadas precisam estrear e mostrar serviço. Aí pergunto, deste dez nomes apresentados (já contando com a possibilidade da confirmação do argentino Rosales) quem tem condições de ser titular do Bahia ou fazer a diferença?

Talvez dois ou três. Magal na esquerda precisa ser testado, Demerson no miolo de zaga,  Rosales na criação e Adriano como atacante de velocidade. Os demais, no meu entender, são jogadores para compor elenco e que não empolgam o torcedor.

Quem sabe com esta derrota, alguns conceitos possam ser revistos. O rodízio de jogadores por exemplo. Embora eu não goste, entendo que se a comissão técnica está optando por isso é porque deve fazer todo sentido para o restante da temporada. Prefiro a repetição do time para dar mais entrosamento.

O certo mesmo é que existe muito a evoluir e tenho certeza de que o time para o Brasileiro será bem diferente deste. O Bahia tem condições totais de melhorar e conquistar tanto a Copa do Nordeste como o Campeonato Baiano.

O torcedor confia no treinador Jorginho, mas a diretoria precisa suprir com urgência as carências do time, do contrário será mais um ano para testar os corações tricolores.

E este pessoal é o meu ponto de vista! Você concorda comigo? Discorda? Comente, critique e nos ajude a promover o debate!



 

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