domingo, 17 de março de 2013

NADA MUDOU

Depois de 40 dias sem meu Bahia, hoje ele voltou aos gramados.
Uma tarde de sol, estádio lotado (os mais de nove mil ingressos colocados a venda foram totalmente vendidos), o atual campeão baiano, o Bahia, enfrentou o time de melhor campanha na primeira fase do campeonato estadual, o Vitoria da Conquista.
O Bahia, com uma folha salarial que beira os R$ 2 milhões, contra uma folha salarial que não ultrapassa os R$ 70 mil. Um time bicampeão brasileiro, versus um "ainda pequeno" clube do futebol baiano, imagine no cenário nacional. O Bahia, vindo de 40 dias "teoricamente" focados em treinamentos e ajustes táticos - o que em tese garantiria um time entrosado em campo, enfrentando um time que encarou jogos às quartas e domingos.
O cenário, pelo que escrevi, devia ser "mais do que favorável" a um triunfo tricolor sem muita dificuldade, a expectativa era de ver um time organizado taticamente em campo, a certeza de que o time estaria bem fisicamente era - para mim - de 100%.
É...mas, toda esta minha expectativa e certeza de nada adiantaram. O que se viu foi exatamente o inverso.
Depois das férias, tomamos uma verdadeira aula de futebol, onde os professores foram os jogadores do Vitória da Conquista.
O Vitória da Conquista, o Bode, bem armado e disciplinado taticamente, desde o primeiro minuto de jogo, encurralou o tricolor, foi prejudicado pela arbitragem com a anulação de um gol legítimo, acertou a trave por duas vezes (salvo engano de minha parte), obrigou o bom goleiro do Bahia a praticar difíceis defesas. Foi, principalmente no primeiro tempo, praticamente um treino ataque contra defesa.
Parecia a reprise de um filme velho, dos anos 50, que já assistimos por mais de mil vezes. E depois de 40 dias longe dos jogos oficiais, não seria exagero cantar a música de Lulu Santos para o Bahia : "..uou uou, nada mudou, uou uou...". Pois foi exatamente assim.
O Bahia não conseguia "fechar o meio", apesar de jogar com três volantes (Fahel, Diones e Hélder), Neto não avançava pela direita, Jussandro inoperante no ataque e frágil na defesa, o argentino ainda "fora de jogo" e Obina precisando de um Spa (até eu estou em melhor forma que ele). E, da única forma possível, o Bahia literalmente se livrou da derrota. Uma bola parada, e o sempre eficiente Fahel marcou de cabeça. Muito pouco para um time que quer ser campeão e fazer bom papel em competições nacionais.
O jogo foi movimentado, é verdade, mas não chegou a ser empolgante.
Para os torcedores do Bahia, o que se viu foi desalentador, preocupante, decepcionante...BROXANTE MESMO. Talvez fosse até melhor que as "férias" tivessem durado mais tempo, assim a torcida não teria que passar pelo que passou hoje.
Agora, meus caros, só nos resta torcer, rezar para que não façamos outro papelão, como na Copa do Nordeste, e que melhor sorte tenhamos no campeonato brasileiro.



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