As últimas semanas foram marcadas por três julgamentos de casos de extrema violência e que causaram enorme comoção na opinião pública:
1. O caso Gil Rugai - condenado a 33 anos e 9 meses de prisão por matar o pai e a madrasta em 2004;
2. O caso do goleiro Bruno - condenado a 22 anos e 3 meses de prisão por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de sua amante Eliza Samúdio;
3. O caso Mizael Bispo - condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato da ex-namorada e advogada Mércia Nakashima.
O que todos este casos tem em comum além da frieza e crueldade dos assassinos e da mobilização de toda a imprensa na cobertura destes julgamentos?
Em todos eles os réus foram considerados culpados e pegaram penas superiores a 20 anos de prisão. Contudo, o que mais preocupa é que todos eles estarão em liberdade, caso tenham bom comportamento, cumprindo menos da metade de suas penas.
Isso ocorre por que nossa legislação é considerada ultrapassada por vários juristas e pessoas que militam na área judicial. Só para se ter uma ideia, o Código Penal Brasileiro data de 1940, portanto, mais de 60 anos atrás.

Os críticos defendem que é preciso uma modernização urgente! Como explicar que uma pessoa condenada a 33 anos como Gil Rugai possa solicitar progressão da pena para regime semiaberto somente 5 anos e 8 meses após sua condenação?
E o mais grave, por se tratar de réu primário, ainda lhe é facultado o direito de recorrer da decisão em liberdade. E se durante este período de liberdade ele cometer outros crimes?
Da maneira que as coisas vem sendo tratadas, fica a impressão de que a impunidade impera. Afinal, dificilmente os condenados cumprem sua pena total em regime fechado.

A sociedade civil precisa se mobilizar e cobrar de seus representantes no Congresso Nacional, responsável pelas leis, a apreciação urgente desta pauta.
Caso contrário, não conseguiremos deter esta onda de violência que vem assolando nosso país e que vem crescendo dia após dia. Uma legislação mais rígida é o primeiro passo para mudarmos este quadro.
O problema é que muitos dos nossos legisladores não tem interesse em mudar essa situação porque eles próprios são beneficiados com a manutenção do modelo atual.
ResponderExcluirMuito bem lembrado Santos Freitas!
ExcluirQuando as leis são elaboradas há um jogo de interesse pelos os que fazem as leis, tanto para futuramente beneficia-los. Quando isso for resolvido, aí sim começaremos uma nova era, onde o preso deverá cumprir a sua pena sem certos benefícios. Outra questão que tem de ser discutida é a maioridade, hoje os garotos de 15 anos já estão matando.
ResponderExcluirEsta questão da maioridade também é fundamental de ser discutida. Vamos fazer um novo post sobre isso também e caso queira contribuir é só avisar.
ExcluirO que esperar de uma justiça viciada, corrompida e parcial ?
ResponderExcluirO que esperar de um país que gasta bilhões (superfaturados) em estádios para a copa do mundo, e centavos em saúde e educação ?
O que esperar de um povo que assiste o Big Brother e estabelece uma votação de 75 milhões para que alguém "saia da casa" e não reúne mais do que 1,6 milhões de assinaturas para que um corrupto (Renan Calheiros)saia de onde está ?
O que esperar do futuro, se em nosso tempo presente não conseguimos nos organizar para lutar por absolutamente NADA ?